No Brasil os infratores deitam e rolam com as lacunas da lei
O Brasil tem lutado para ser considerado um país de primeiro mundo e não mais um país emergente, mas se percebe em razão dos fatos que ocorrem no dia-a-dia que o país não merece e não merecerá tão cedo o título de país de primeiro mundo.
Atualmente, percebe-se uma anomia das leis que são responsáveis pela preservação dos direitos e garantias fundamentais do cidadão, ou seja, as leis que devem preservar a integridade física, o patrimônio, a vida e a liberdade do cidadão, tem permitindo que os infratores possam permanecer em liberdade apesar dos ilícitos praticados.
A falta de uma reposta efetiva por parte da legislação fortalece os comportamento criminosos que são praticados, onde uma parcela da população acredita que possa fazer o que bem entender, desde o som alto incomodando o vizinho, até a fraudes e desvios de dinheiro do erário do Estado.
Aqueles que se dedicam a marginalidade se sentem livres e soltos para fazerem o que bem entenderem, sob o manto protetor de uma legislação que tem se mostrado anemica, em especial a legislação penal, com as suas recentes alterações que permitem que até quatro anos ninguém seja preso.
Um menor mata uma ou duas, ou mais pessoas, e resolverá a sua situação cumprindo quando muito três anos de internação, e tudo estará resolvido, e seu prontuário estará zerado, como se nunca tivesse praticado qualquer tipo de ilicitude. É uma verdadeira liquidação do crime no aspecto conotativo e denotativo.
Este tipo de realidade passa a mensagem que fazer o certo é perda de tempo e o que importante é ter popularidade e amigos influentes para se dar bem, mesmo praticado atos ilícitos que possam causar prejuízos a pessoas honestas e trabalhadoras.
Um assaltante por causa de seu vício, a necessidade de consumir uma pedra de craque, mata uma pessoa no semáforo, ou sinal, como preferir. Caso eventualmente seja preso alegará que é louco, ou qualquer outra coisa, por exemplo, doente, e receberá uma pena, e cumprirá uma pequena parte da pena e logo voltará para as ruas.
Esse tipo de resposta apenas fortalece a pratica da ilicitude e a crença da impunidade que leva a violência e em muitos casos a perda de vidas de pessoas inocentes, que mesmo sendo honestas e cumpridoras de seus deves são obrigados a conviver com infratores que olham com desprezo as normas previamente estabelecidas e nem sabem ou fazem de conta que não sabem o que seria o Estado democrático de Direito.
Mas, se algum cidadão trabalhador e cumpridor dos seus deveres resolver se defender dos infratores, e eventualmente caso tenha esta sorte resolva utilizar a ultima ratio, e por ventura venha a causar o óbito de seu algoz infrator será crucificado, marginalizado, e com certeza levado as barras do Tribunal e ao calabouço onde permanecerá.
A barbárie está a solta, as pessoas estão morrendo, a insegurança e a síndrome do pânico são uma realidade, mas parece que tudo não passa de algo virtual, de um bate papo, de uma mera ficção.
O Brasil é um país violento e os índices de violência são altos ao lado da corrupção, dos desvio de verbas, entre tantas outras coisas que são divulgadas pela imprensa escrita e falada.
Afinal o que está ocorrendo. Será que tudo não passa de uma visão divorciada da realidade? O vendedor trabalhador não foi morto em um assalto, o jornalista não morreu no supermercado, a moça não recebeu mais de vinte facadas, o bêbado que grita na cabeça das pessoas com os olhos avermelhados, hálito etílico, que tenta usar de sua atividade para se impor as autoridades do Estado, não está bêbado, e não atropelou a pessoa na calçada e nem avançou o sinal vermelho.
As milícias no Rio de Janeiro não existem, assim como o microondas é uma lenda urbana. Não existe perigo nas ruas, e nem saidinha de banco, que tem feito tantas vítimas inocentes pelo país afora.
Tudo não passa de algum filme de Woody Allen, e o Brasil realmente está cada dia mais seguro, e os infratores não acreditam na impunidade e respeitam a polícia, e os Poderes da República.
A verdade é um só. Se a sociedade não se unir e não colocar um basta ao caos que se apresenta, e se mudanças não forem feitas, pessoas inocentes e trabalhadoras continuaram morrendo, e os pais e as mães continuaram enterrando os seus filhos. Até quando? Muda Brasil!
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