Todas as gerações abaixo descritas são conceitos desenvolvidos pela sociologia e pela pedagogia para apontar o perfil comportamental, principalmente, de indivíduos que nasceram em diferentes épocas.
Nos derradeiros sessenta anos, identificamos quatro diferentes gerações que marcaram época e alteraram os valores e o jeito de a sociedade pensar e agir.
Os tradicionais são aqueles nascidos até 1945 (ou até 1950), essa geração enfrentou a Segunda Grande Guerra Mundial e, ainda passou pela Grande Depressão[1]. Com os países arrasados, precisaram então a reconstruir o mundo e sobreviver. Entre suas características principais pode-se observar: são práticos, dedicados, gostam de hierarquias e sacrificam-se para alcançar seus objetivos.
Os tradicionais são aqueles nascidos até 1945 (ou até 1950), essa geração enfrentou a Segunda Grande Guerra Mundial e, ainda passou pela Grande Depressão[1]. Com os países arrasados, precisaram então a reconstruir o mundo e sobreviver. Entre suas características principais pode-se observar: são práticos, dedicados, gostam de hierarquias e sacrificam-se para alcançar seus objetivos.
São pessoas muito dedicadas e que entendem e até se conformam com sacrifício, admitindo mesmo as recompensas tardias. São formais e burocratas. E, entendem que o dever vem antes e prioritariamente ao prazer. São bons em decidir mesmo quando muito pressionados
A outra geração foi chamada de Baby boomers (1946-1964) correspondente aos filhos do pós-guerra e romperam cm padrões anteriores tradicionais e lutaram pela paz.
Não conheceram o mundo destruído e arrasado, por isso, são notadamente mais otimistas e puderam repensar os valores pessoais e a boa educação dos filhos. Possuem relações afetivas e de ódio com seus superiores, são focados e preferem agir em consenso com os outros.
Os baby boomers ou nascidos entre 1951 a 1964 são pessoas revolucionárias e moldadas sob a forja de grande disciplina.
Em geral são céticos em relação à autoridade, independentes, transformadores e buscam reorganizar ou reestruturar suas organizações. Conseguem concentrar-se em curto prazo e trazem uma mentalidade ativa mesmo quando pressionados. Em geral, exercem a liderança pautada no consenso e tendem a priorizar o trabalho, pois acreditam num mundo competitivo e compenetrado.
A geração X (1965-1977) experimentou um período onde as condições materiais do planeta permitiram pensar em qualidade de vida, liberdade no trabalho e nas relações sociais.
Com o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação (TICs), já podem tentar equilibrar a vida pessoal com o trabalho.
"Porém, como enfrentaram crises violentas tais como o desemprego da década de oitenta e, também, se tornaram extremamente céticos e superprotetores.
A geração X são os nascidos entre 1965 a 1983 buscam o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e são pessoas muito autocentradas, empreendedores e extremamente independentes, além de serem altamente pragmáticas e orientadas às ações.
Exercem a liderança por competência e integram um grupo mais conservador da força de trabalho. A meta da carreira é dirigida por novos desafios e gostam de trabalhar num ambiente de equipe e a primeira geração que verdadeiramente domina os computadores.
A expressão Geração X foi inventada pelo fotógrafo da Agência Magnum, Robert Capa, em 1950.
Segundo o escritor John Ulrich que explicou: "Desde então, Geração X sempre significou um grupo de jovens, aparentemente sem identidade, a enfrentar um incerto, mal definido, talvez hostil, futuro. Aparições posteriores do termo, em meados dos anos 1960 e meados de 1970, mudaram sua abrangência de geração global, atribuída por Capa, para conjuntos específicos de subculturas da juventude britânica, constituídos principalmente de homens brancos da classe trabalhadora, desde os mods e seus rivais rockers" [2] até a subcultura minecraft[3], mais abertamente contestadora.".
Os hippies correspondem a um dos movimentos juvenis dessa geração. Os hippies diferentemente de seus pais, viviam uma vida descompromissada. Trajavam moda que era colorida, alegre, com peças soltas, longos vestidos, estampas florais e artesanais.
A indumentária masculina não era tão séria. Já no começo dos anos setenta eles já estavam desaparecendo, tanto porque muitos viraram adultos quanto porque sua moda fora cooptada pelo mainstream.
A Geração Y (a partir de 1978) já vivenciou um mundo relativamente mais estável, cresceram numa década de valorização intensa da infância, com a internet, computador e educação mais sofisticada que as gerações anteriores.
Ganharam autoestima e não se sujeitam a atividades que não fizerem sentido em longo prazo. Sabem trabalhar em rede e lidam bem com autoridades, como se estes fosse um colega de turma.
A geração Y são os nascidos entre 1984 a 1990 são tecnologicamente superiores e tendem a ter um entendimento global, necessitam de reconhecimento positivo periódico. Desejam rápido desenvolvimento profissional e são, em geral, imediatistas. Além de tecnologicamente muito sofisticados, são multitarefeiros, fiéis aos seus projetos, informais e autônomos e individualistas.
E, não renunciam gerenciar simultaneamente sua vida pessoal e profissional. Assim, precisam se sentir fazendo parte do time, ou seja, exercem a liderança por coletividade e inclusão.
A geração Y também é conhecida por Milennials, ou ainda, a Geração do Milênio ou da Internet. As crianças da geração Y cresceram tendo o que muitos de seus pais não tiveram como TV a cabo, videogames, computadores, vários tipos de jogos, e muito mais.
Por terem esse contato todo com a tecnologia, acabaram ficando conhecidos por serem pessoas folgadas, distraídas, insubordinadas e superficiais, em sua grande parte.
O Millennials são notabilizados por sua grande ambição, e os jovens dessa geração trocam constantemente de empregos, pois no emprego anterior não eram desafiados e não tinham oportunidade de crescer profissionalmente.
Os punks surgiram em meio à crise do petróleo nos EUA e a modernização da indústria que trouxe desemprego. Na Inglaterra, durante o governo de Margaret Thatcher, a dama de ferro, pôs fim ao serviço gratuito de saúde, ao salário mínimo, à distribuição de leita nas escolas, entre outras coisas.
Os punks eram jovens alcunhados como o "lixo da sociedade industrial". E, ao contrário dos hippies e beatniks, os punks não almejavam mudar o mundo, apenas pretendiam gritar sua revolta e chocar a todos com seus visuais agressivos.
Não se preocupavam com a beleza e o senso estético. As roupas traziam conceitos desconstruídos, alfinetes e adereços metálicos, com mistura de símbolos do nazismo, comunismo ou anarquismo e visavam contrastar com a estética tradicional do resto da sociedade.
A Geração Z também conhecida por Gen Z, iGeneration, Plurais ou centennials é a definição dada a geração de pessoas que nasceram entre o começo dos anos noventa e a primeira década do século XXI (2010).
É constituída pelas pessoas que nasceram durante o advento da internet e do crescimento de novas tecnologias digitais, como os smatphones, videogames e computadores muito velozes e poderosos.
Não conseguem imaginar viver num mundo onde todas as coisas não estejam conectadas num ambiente online e, com instantânea de troca de informações.
Além do domínio da tecnologia, os centennials também são conhecidos por serem mais críticos, exigentes, autodidatas e, não gostam de obedecer ou seguir hierarquias.
Os principais conflitos das gerações são motivados pelas características tão diferentes entre si. E os conflitos surgem no ambiente de trabalho, onde é mais comum haver um gestor da geração X, com vários anos da empresa e já incorporou totalmente os valores e visão da mesma.
Cada geração protege seus valores e os conflitos em decorrência disto podem ser uma ameaça a estes. A geração X, por exemplo, ainda no pensamento anti-guerra dos anos setenta, valoriza, e muito, o espírito de equipe, cooperação e comprometimento, enquanto a geração Y prefere tomar uma decisão unilateral e agir, de forma isolada.
Já a geração Z valoriza equipes abertas e honestas, que colaborem juntas e, gosta de ter muitas opções para escolher entre estas.
Precisamos de empatia e entender fundamentalmente as diferenças sem encará-las como inimigas. Valorize o que há de melhor em cada geração e construa um ambiente propício ao progresso e bem-estar geral.
Existem estudos apontam que as pessoas imersas em tecnologia digital são dez por cento melhores na resolução de problemas do que seus parceiros mais velhos. Não acredite que as decisões e soluções possam vir apenas dos mais experientes.
Os membros da geração Y são mais criativos e tende a valorizar segurança e estabilidade mesmo que precisem mudar constantemente de emprego. Já os da geração X são mais resistentes a mudanças, mas ambos atribuem a importância a treinamento e desenvolvimento.
Afinal cada geração efetivamente possui lições valorosas para ensinar umas às outras. Misturando sabedoria, conhecimento, tecnologia e, principalmente, criatividade e lirismo.
[1] Também conhecida como a Crise de 1929, foi severa crise econômica que teve início em 1929 e persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. O dia 24 de outubro de 1929 é considerado popularmente o início da Grande Depressão, mas a produção industrial americana já havia começado a cair a partir de julho do mesmo ano, causando um período de leve recessão econômica que se estendeu até 24 de outubro, quando valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Stock Exchange, caíram drasticamente, e tornou-se notícia em todo o mundo com o crash da bolsa (conhecido como Quinta-Feira Negra).
Assim, milhares de acionistas perderam, literalmente da noite para o dia, grandes somas em dinheiro. Muitos perderam tudo o que tinham. Essa quebra na bolsa de valores de Nova Iorque piorou drasticamente os efeitos da recessão já existente, causando grande deflação e queda nas taxas de venda de produtos, que por sua vez obrigaram ao encerramento de inúmeras empresas comerciais e industriais, elevando assim drasticamente as taxas de desemprego. O colapso continuou no dia 28 e no dia 29 de outubro.
Assim, milhares de acionistas perderam, literalmente da noite para o dia, grandes somas em dinheiro. Muitos perderam tudo o que tinham. Essa quebra na bolsa de valores de Nova Iorque piorou drasticamente os efeitos da recessão já existente, causando grande deflação e queda nas taxas de venda de produtos, que por sua vez obrigaram ao encerramento de inúmeras empresas comerciais e industriais, elevando assim drasticamente as taxas de desemprego. O colapso continuou no dia 28 e no dia 29 de outubro.
[2] Mod é abreviatura de modernismo é uma subcultura que teve origem em Londres ao final da década de 1950 e alcançou seu auge nos primeiros anos da década de 1960. A subcultura mod teve início em turmas de garotos adolescentes cujas famílias eram ligadas ao comércio de tecidos em Londres.
Esses primeiros mods eram geralmente de classe média, obcecados pelas tendências da moda e estilos musicais, como ternos italianos bem justos, jazz moderno e rhythm and blues. Sua vida social urbana era impulsionada, em parte, por anfetaminas.
É crença popular que os mods e seus rivais, os rockers, foram uma evolução dos Teddy Boys, uma subcultura da Inglaterra da década de 1950. Os Teddy boys, influenciados pelo rockabilly norte-americano, usavam trajes eduardianos e penteados pomposos. No entanto, não existe um contínuo histórico consistente entre os Teddy Boys e os Mods, cujas origens se encontram fora do espectro do rock and roll.
Outra subcultura jovem, conhecida como rockers (centrada em motocicletas do tipo cafe racer e em rock), frequentemente entrava em conflito com os mods, levando a batalhas em balneários como Brighton, Margate e Hastings. Em 1964, o conflito "mods versus rockers" deu origem a um pânico moral voltado contra a juventude moderna na Grã-Bretanha.
Esses primeiros mods eram geralmente de classe média, obcecados pelas tendências da moda e estilos musicais, como ternos italianos bem justos, jazz moderno e rhythm and blues. Sua vida social urbana era impulsionada, em parte, por anfetaminas.
É crença popular que os mods e seus rivais, os rockers, foram uma evolução dos Teddy Boys, uma subcultura da Inglaterra da década de 1950. Os Teddy boys, influenciados pelo rockabilly norte-americano, usavam trajes eduardianos e penteados pomposos. No entanto, não existe um contínuo histórico consistente entre os Teddy Boys e os Mods, cujas origens se encontram fora do espectro do rock and roll.
Outra subcultura jovem, conhecida como rockers (centrada em motocicletas do tipo cafe racer e em rock), frequentemente entrava em conflito com os mods, levando a batalhas em balneários como Brighton, Margate e Hastings. Em 1964, o conflito "mods versus rockers" deu origem a um pânico moral voltado contra a juventude moderna na Grã-Bretanha.
[3][3][3] O significado de Minecraft para as novas gerações prescinde de números. No filme Minecraft - The Story of Mojang (2012), um repórter conta ao idealizador Markus "Notch" Persson que quando disse a sua filha de seis anos que entrevistaria Shigeru Miyamoto, criador do Super Mario Bros., e ela deu de ombros.