Moro, o Absolutismo e a Guilhotina

Moro praticou ilegalidades. Como juiz, abdicou de seu dever e obrigação de julgar com imparcialidade. Aceitou a peça Denúncia do MP e a construiu a seu modo. Produziu, indicou e induziu provas e apontou testemunhas; combinou os passos e procedimentos processuais para obter o seu resultado; conspirou contra a parte contrária; fez a instrução processual; orientou e deu ordens ao MP e ao final, proferiu a sentença condenatória, ignorando provas e fatos; orquestrou e fomentou a imprensa e se escondeu covardemente nas sombras, fez ainda chacota com os advogados. Achava-se o próprio rei absolutista. Na história, na França em particular, cabeças rolaram na guilhotina, contra os abusos e desmandos do rei e sua realeza. Moro já fez história, da pior possível, contra o direito; contra a democracia, com abusos, ilegalidades e ao arrepio das leis. Agora no poder executivo, pratica o mesmo modus operandis. Com a caneta transforma a PF em Polícia Política. Pior que tem gente que concorda e bate palmas, como se tudo isto fosse normal. Não é, nunca será. Moro tem que ser afastado imediatamente para o bem da democracia e responder como qualquer cidadão por seus atos e práticas criminosas.

Ninguém pode estar acima das leis. Nem Moro e nem o rei. Foi crime. Saia voluntariamente Moro. Não espere a guilhotina dos fatos para ser deposto. A nação não merece este tipo de comportanento.

William Santos, advogado em Belo Horizonte MG.