ATIVOS NÃO PODEM GERAR PREJUÍZOS
*Nadir Silveira Dias
Há muito tempo que o nosso País perseguia até que obteve sucesso em ter um estado de desmantelamento econômico, que o levou ao quase desmantelamento social, político, jurídico e existencial, alem de todos os seus demais desdobramentos. Mas é bom lembrar que não foi o único.
A Alemanha teve época em que o marco alemão era impresso em apenas um dos lados. Foi para onde todos sabem. Ninguém gosta de lembrar e lamenta o resultado. Aliás, simples decorrência da natural perversão econômica da gestão ineficaz, pífia, temerária, desastrosa, de um país qualquer. Como a sua casa, seu bar, armazém, mercadinho, escritório, oficina, bolicho, granja, padaria. Enfim, todo e qualquer recurso financeiro, força de trabalho, ou força do saber, na consecução de resultados que gerem receitas para você, sua família, sua cidade, seu País.
Quando nada disso acontece, quando o gestor público não permite que você consiga fazer isso, algo esteve e está muito errado. E vai piorar como tem piorado nos últimos vinte e tantos anos.
É preciso mudar, e muito, muito, para que as coisas voltem ao estado normal.
E é bom lembrar ainda que a autonomia tal ou qual esbarra em idêntica autonomia da sua mãe, da sua filha, do seu vizinho, do seu adverso, ou de entidade congênere, que precisam de igual respeito e garantia.
A perversão da gestão do Estado se escancara ao se constatar que os ativos de qualquer natureza geram prejuízos para quem os possui (Leia-se, com exclusão de alguns, para os mesmos de sempre!) ou são consumidos pela simples movimentação financeira de depositar, retirar e depositar, por duzentos e sessenta e três vezes, e em menos vezes se for aplicada a redução vez a vez. E isso, para mim, é tirania. Ativos não podem gerar prejuízos nem ser comidos por movimentação.
Ou o Brasil reduz os seus tributos ou os tributos acabarão com o Brasil!
Lojas fechando, imóveis para vender, imóveis para alugar, porque poucos conseguem comprar bens cotidianos ou imóveis, alugar, então, com que rendimento? E tem ainda uma perversão bem maior. Quem tem ativos os vai perdendo porque não consegue pagar os tributos, enquanto o poder público vai se entupindo de bens que não geram mais tributos e, muito pior, quem não tem ativos, passa a receber do poder público um valor mínimo para se manter minimamente (A Espanha vai saindo disso, mas ainda tem!). A inação não pode ser melhor que a ação, o agir econômico! O trabalho, pior que o não trabalho!
É preciso sair disso ou o afundamento ainda vai crescer muito!
21.03.2019 - 08h30
* Jurista, Escritor e Jornalista