IMÓVEIS, COMPRE, SIM! MAS VEJA BEM!

* Nadir Silveira Dias

Por partes, como dizia Jack. Por que a recomendação de comprar imóveis? Conquanto isso já seja ciência sabida da maioria da população, pois todo mundo precisa morar, a verdade é que comprar já é outra coisa muito diferente.

Comprar um bem durável assim precisa essa compra estar calcada num planejamento mais completo que se possa fazer, nesse atual mar de incompletudes e desfaçatez múltipla praticada às escâncaras, especialmente por quem devia se dar ao respeito e não aumentar a tributação que, ao que se saiba, desde a teoria clássica da economia política, apenas redunda em decréscimo econômico e diminuição na quantia arrecadada pelo governo.

E não há mistério nisso: Se todos têm que pagar mais por menos, será mais que óbvio pensar que não vai chegar a disponibilidade de quem paga para satisfazer tudo quanto é exigido. O resultado é que a economia vai decrescer e a arrecadação diminuir, infalivelmente!

E nesse quadro, comprar imóveis é muito bom. Mas apenas para quem tenha recursos disponíveis para pagar o melhor preço dentre as ofertas do mercado.

Comprar com base em expectativa de financiamento têm se constituído numa enorme decepção para a maioria que compra imóvel não pronto a um preço que aparentemente está de acordo com o valor de mercado, mas que no curso do andamento da obra, verifica-se, de regra, que o custo fixo e cumulativo sempre recai sobre o adquirente e este não consegue mais pagar a obrigação.

Até porque o seu ganho também decresce com o declínio da economia, quando a perda da renda não seja a mais candente realidade. O resultado todos conhecem: Desfazimento de negócios, administrativos ou nas barras do tribunais. Ou seja, perdas e mais perdas. É indispensável um maior equilíbrio entre as partes ou tudo isso ainda vai piorar. E ninguém quer que piore o que quer que seja!

Sou de um tempo em que se vendia o imóvel pronto ou o imóvel na planta, mas imóvel na planta com preço de imóvel na planta, não com preço de imóvel pronto, que passa, de imediato, a render o que se propõe: Moradia, utilização comercial, industrial, ou aluguel. E isso se tornou, se torna e sempre se tornará muito mais grave em tempos de incertezas. Como de resto, têm sido nas últimas recentes décadas.

Por isso, a indispensabilidade do planejamento. O melhor que se possa fazer. Mas sem ilusões. Sem ouvir o canto da sereia. Por que é somente você o responsável pelas obrigações pecuniárias decorrentes da compra. Seguindo tais passos, certamente, você sempre fará um ótimo negócio!

23.07.2017 – 18h50min

* Jurista, Corretor de Imóveis e Jornalista

Nadir Silveira Dias
Enviado por Nadir Silveira Dias em 23/07/2017
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