A lei deve ser exigida, mas com cautela, parcimônia.

"Muito se fala em rasgar a Constituição Federal de 1988, conquistada a duras penas, quer seja através da tentativa de inverter valores constitucionais, ou mesmo objetivando restringi-los. Há, comumente, numa sociedade dita democrática, revolucionária e civilizada, uma busca desenfreada pelo cumprimento da Constituição, e, ao mesmo tempo uma exigência dos poderes públicos em ver a aplicação da lei ao caso concreto.

Com isso, muitos se autointitulam constitucionalistas, amantes da Carta Magna e gritam nas ruas por uma verdadeira democracia, pela maior participação popular possível, desejando interferir nas questões políticas e transformar o seu momento presente.

O grande problema são as formas com que se manifestam,e a falta de conhecimento jurídico, ou mesmo do texto integral da lei, bem como do funcionamento do sistema político do país. O que os leva a agir desregradamente, sem pensar muitas das vezes, em prol de um país melhor,, mas fazendo alvoroços denominados de revoluções, atos legítimos que mais parecem de selvageria em prol da garantia ou preservação de direitos, mas da maneira mais estranha possível; para não dizer errada. Quando, na verdade, não se precisaria se expor tanto, se, é claro, tivessem o mínimo de conhecimento técnico constitucional ou conhecessem o funcionamento do sistema político-constitucional como um todo.

Acredita-se que com a participação democrática, de todos, o que é um direito do cidadão, a sociedade viva melhor, de forma mais harmônica em “pare-passu”, ou seja, de igual passo, com os ditames legais.

Por isso, inteire-se acerca das leis, conheça os órgãos públicos, não só o Judiciário, mas todos os poderes, suas competências e atribuições, responsabilidades, a fim de poder, de fato, contribuir de maneira mais civilizada com as questões sociais que a todos incomoda e surtirá efeitos, através da formação das leis ou não, mas principalmente, posto como diz o artigo 5º, II, CF/88- ninguém pode fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, ou seja, a lei acompanha o homem desde o seu nascimento e o cerca até o seu último dia de vida, portanto, apegue-se a ela, conheça-a e exija conscientemente e da maneira mais consetânea com as previsões legais".

DACDJ
Enviado por DACDJ em 06/05/2017
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