Advogado empreendedor. Aprender é preciso!
Está havendo em São Paulo, nestes dias, uma conferência jurídica intitulada Fenalaw.
Referida feira jurídica trata de questões importantíssimas que envolvem a categoria dos advogados, orienta acerca de conduta comportamental, mercado de trabalho, liderança, relação com clientes, negociações, ética, dentre outros aspectos.
Infelizmente não pude estar presente ao evento, mas, nem por isto deixo de investigar todos os detalhes e temas abordados na feira.
Desta forma, leio no site jurídico Consultor Jurídico que um dos temas abordados pelos palestrantes foi a questão do Advogado Empreendedor.
Lógico que eu já havia atentado para este vetor e deficiência enfrentada pelos advogados, uma vez que não é ensinado aos discentes no decorrer da graduação temas tais como: empreendedorismo jurídico, liderança, orçamentos, funcionários, parcerias, cobranças, metas e técnicas de vendas.
Sim, o advogado deve ser um empreendedor, um profissional dotado de perspicácia, equilíbrio emocional, visão dinâmica, além de ser focado em metas e resultados à curto, médio e longo prazo.
O Consultor Jurídico noticia que ao participar do painel de debates na FenaLaw, o advogado Antonio Carlos Pajoli, diretor jurídico do banco Cetelem, começou com uma crítica à formação do advogado: “É assustador o quanto a faculdade de Direito não nos prepara para uma profissão empreendedora que é a do advogado. Lidar com cliente e funcionário, administrar o escritório, buscar fonte de renda. Nada disso é ensinado”.
Meus olhos brilharam de felicidade ao constatar que não estou só nesta jornada. Há colegas e profissionais que pensam exatamente como eu.
Como administradora de empresas com ênfase em marketing, conciliar as duas profissões é 'batata'.
No entanto, como costumo preocupar-me com meu semelhante, já havia percebido essa deficiência dos colegas, e, sempre que possível, costumo alertá-los a buscarem um conhecimento adicional no campo administrativo e triunfarem em sua carreira.
Assim, encerro este texto, deixando uma dica aos colegas: Não basta ser advogado; o causídico tem a obrigação de dominar técnicas administrativas, orçamentos, controles, metas, tendo ainda, infalivelmente, muito jogo de cintura, sangue frio e flexibilidade nas relações interpessoais com clientes e autoridades, senão, lamento informar, mas sua carreira está fadada ao fracasso.
Link da matéria do CONJUR que meu texto faz menção:
http://www.conjur.com.br/2016-out-19/diretores-juridicos-contam-procuram-escritorio