SOBRE MARSELHA E O MUNDO
*Nadir Silveira Dias
Sobre as fotos recebidas de Marselha, a meu ver não é bem assim, não. Ao menos no que respeita ao texto final sob as fotos.
O que disse Muammar Kadhafi é a realidade que vemos no mundo. E já há algum tempo. Ele disse que o Islamismo ia dominar o mundo sem disparar uma única bala. E os estudiosos da evolução das religiões comprovam a assertiva. Nem se compare o Islamismo com as atuações de extrema que isso nada tem a ver com religião. Isso é outra coisa. No Brasil temos cerca de um milhão e duzentos mil muçulmanos, dos quais seiscentas mil mulheres.
No demais, o estado que as fotos mostram Marselha, dentre todas as demais e uma cidade ao noroeste da França em que 95%da população é muçulmana, é comum não apenas ao mundo árabe ou muçulmano.
Aliás, Porto Alegre, há muito tempo contém ofertas pelas ruas de qualquer bairro. Grande parte, senão a maioria, de estrangeiros, que no nosso solo natal encontram uma oportunidade que não encontraram em outro ponto do mundo. Quando as condições são adversas para uma dada população, comunidade, etnia, estado ou país, é sempre assim. É comum no Morro da Cruz, na Baixada Fluminense, em Bangladesh, no Brooklin, Osasco ou Barueri, na Índia ou no Paquistão.
É apenas a condição digna de vida que eleva o ser humano para planos de melhor e maior integração social e política. Gabe-se o Brasil de não possuir extremismos a ponto de não querer esta ou aquela etnia. Bem ao contrário, o Brasil é exógeno: Adora o que vem de fora. Inclusive as pessoas de outras etnias. A prova disso é a plena miscigenação que ostentamos ao mundo, sem qualquer conflito. Sim, pois os que possuímos envolvem apenas minimamente estes aspectos étnicos. Somente em Porto Alegre, há muito tempo, somos constituídos de vinte e cinco etnias, e sem contar as mais recentes que chegaram.
Se há algo a lamentar, é não termos tantas oportunidades para todos, como também já não temos para tantos de nós mesmos.
O Brasil que temos hoje é o produto inicial e primeiro dos expulsos da Península Ibérica, especialmente da Espanha, em 1492, os sefarditas. Depois vieram todas as outras etnias que fizeram do Brasil o seu novo País.
...Tanta coisa para dizer, tanta coisa por fazer. Por melhores dias, melhores ares, melhor porvir. Avante!
01.09.2016. – 19h00min
* Jurista, Escritor e Jornalista