As reflexões sobre a mídia e educação por vezes colocam tais temas numa arena de gladiadores. Há, sem dúvida, a constatação de sua influência na formação do sujeito contemporânea e na necessidade de se integrar a tecnologia da comunicação e de informação[1] à educação.
 
Ao cogitarmos sobre mídia, faz-se necessário reportar-me à sua complexidade, ao situá-la como produto que se desenvolveu a partir de 1940 e no contexto industrial. Nesta época, a concentração econômica e administrativa aliada ao desenvolvimento tecnológico estabelecia semelhança estrutural ao cinema, rádio e revistas.
 
Tradicionalmente a sociedade devotou às instituições escolares à responsabilidade do indivíduo tendo em vista a transmissão cultural e do conhecimento acumulado historicamente.
 
A educação para as mídias como perspectivas de um novo campo de saber e de intervenção vem se desenvolvendo desde os anos de 1970 no mundo inteiro com o objetivo de formar usuários ativos, criativos e críticos de todas as tecnologias de informação e comunicação.
 
Apesar da mídia estar sempre presente na educação formal não raras vezes, sofreu certa resistência. Porém, o impacto social causado pela grande penetração da tecnologia de informação e comunicação, as chamadas TICs nos últimos anos, ocasionou intensas transformações nas principais instituições sociais.

Notamos que a família fora invadida pela programação televisiva em todo seu cotidiano, até a Igreja se rendeu ao caráter de espetáculo da TV. E, a escola, nesta esteira, utiliza a informática como um fim em si mesmo, e a essas influências se associa à internet, com muita possibilidade de uso.
 
Ao longo do século XX, especialmente entre os anos de 1940 até 1970, o telefone, o cinema, o rádio, as revistas e a televisão constituíam-se em um sistema, que o desenvolvimento se transformou em aparato de última geração ao integrar outros avanços tecnológicos mais recentes como telefones celulares, os smartphones, a televisão interativa, a lousa interativa e a internet (todos são aparatos relacionados aos objetivos da industrialização).
 
É sabido que o avanço tecnológico se faz presente em todos os setores da vida social e, na educação não poderia ser diferente, posto que o impacto se efetiva com o processo social que atingiu a todas instituições, de sorte que condicionam o pensar, o agir, o sentir, o raciocínio e a sua relação com as pessoas.
 
Delineiam-se os desafios da escola na tentativa de responder como poderá contribuir para que os seus alunos se tornem usuários criativos e críticos das ferramentas tecnológicas, evitando que se tornem meros consumidores e expectadores compulsivos de representações novas de velhos clichês.
Seria aceitável que esta atuação ocorresse no sentido de amenizar e até mesmo eliminar essas desigualdades sociais[2]
que o acesso desigual à essas máquinas estão gerando, tal fato poderia se tornar um dos principais objetivos da educação.
 
A educação para a mídia pode incrementar o aprender e o ensinar a história, a criação, a utilização e a avaliação das mídias como artes plásticas e técnicas, analisando como estão situados na sociedade seu impacto social, suas implicações, a participação e a modificação do modo de percepção que elas condicionam o papel do trabalho criador e o acesso às mídias.
 
É necessário evitar o deslumbramento para assumir a criticidade, abandonar práticas meramente instrumentais e, ainda excluir a visão apocalíptica que favorece o conformismo e a não reflexão.
 
Desde dos anos cinquenta, os teóricos alertam para a caracterização da sociedade pela tecnificação crescente nos mais diversos setores da sociedade. Já existiam preocupações no sentido de que os meios de comunicação constituíam uma escola paralela onde as crianças e adultos estariam atraídos em conhecer conteúdos diferentes e mais interessantes e motivadores do que da escola tradicional.
 
Nesse sentido, alguns autores apontam que as tecnologias são mais que meras ferramentas a serviço do ser humano posto que modifiquem o próprio ser, interferindo no modo de perceber o mundo, de se expressar sobre ele e de transformá-lo, podendo também levá-lo em direções não exploradas, encaminhando a humanidade para rumos perigosos.

Adorno e Holkheimer teorizaram sobre os meios de comunicação ao considerarem que esses passam a ser negócios com fins comerciais programados para a exploração de bens considerados culturais, denominando-os “Indústria Cultural” que é o termo mais propício para designar “cultura de massa” disseminada pelos donos dos veículos da comunicação, ao justificarem que a cultura surge de forma espontânea, brota das massas, ou seja, do povo.
 
Segundo Adorno, a indústria cultural ao aspirar à integração vertical de seus consumidores, não apenas adapta seus produtos ao consumo das massas, mas em larga medida, determina o próprio consumo.
 
É óbvio que o interesse na indústria cultural é manter os homens como consumidores ou empregados reduzindo a humanidade, confirmando assim, seu papel como prestadora de ideologia dominante.
 
Sendo uma forte aliada da ideologia capitalista, vem a falsificar as relações entre os homens, e, ainda sua relação com a natureza contribuindo para o chamado anti-iluminismo (que ao contrário do Iluminismo que objetivava a liberdade, o abandono do medo e a exclusão do mundo da magia e dos mitos) pregava um retorno ao misticismo inexplicável e em teorias calcadas num atavismo suspeito.
 
Bacon difundia ideias que divergiam das diretrizes basilares do Iluminismo e, desprezava os adeptos da tradição, da crudelidade, a omissão da dúvida, o receio de contradizer e a tendência de se satisfazer com conhecimentos parciais. Para o filósofo, o poder e o conhecimento são sinônimos.

O relevante não é aquela satisfação que os homens chamam de verdade, mas sim, o proceder eficaz no desempenho e no trabalho, nas descobertas para que possam melhor equipar a vida.
 
No Iluminismo, a mitologia fora ultrapassada, porém, a dominação se apresenta de outra forma, na alienação do homem com respeito aos objetos dominados e com o encantamento dos homens em seus relacionamentos sociais e consigo mesmo.
 
Se antes os fetiches incidiam sobre a lei da igualdade, agora a própria igualdade converte-se em fetiche[3]. O homem é condicionado no sentido econômico que fornece mercadorias e valores que interferem e decidam a sua existência, estabelecendo o caráter de fetiche sobre a vida em sociedade.
 
É desta forma que são inculcados no indivíduo normas e comportamentos considerados únicos, decentes, racionais pela cultura de massa ou indústria cultural.
 
O trabalho social do indivíduo na dinâmica burguesa restitui a uns o capital acrescido e, aos outros, apenas a força para mais trabalho. Moldando-se o indivíduo para cada vez mais se adaptar o processo de autoconservação decorrente da divisão burguesa do trabalho.
 
No caminho que vai da mitologia até à logística, o pensamento humano perdeu o elemento de reflexão sobre si e hoje a maquinaria estropia os homens mesmo quando os alimenta (Adorno e Horkheimer).
 
Há de se destacar a rapidez da disseminação da internet pois enquanto que o rádio levou trinta e oito anos para atingir um público de cinquenta milhões nos EUA, o computador levou apenas dezesseis anos, a televisão levou apenas treze anos e a internet levou somente quatro anos para atingir a marca de cinquenta milhões de internautas[4].
 
É inegável o enorme potencial educacional das TICs e precisa realmente ser integrado na escola, principalmente na rede pública já que pode servir de instrumento para a construção de uma cidadania plena.
 
Precisamos cada vez mais nos conscientizar de nossa função de emissores e receptores do saber e da informação. A produção multimídia pode ser usada para ajudar a desenvolver o potencial crítico sem negar o papel de consumidores que somos, mas de forma consciente enfatizar a nossa função de emissores e receptores de saber e da informação.
 
É possível haver a integração à educação evitando-se o uso indiscriminado de tecnologia por si e em si. A perspectiva é a sala de aula informatizada ou on-line o que leva o professor a uma perplexidade, pois ainda somos, os mesmos professores, mas os nossos alunos não são os mesmos.
 
O processo tecnológico desde os anos oitenta trouxe novas proporções com equipamentos projetados para armazenar, processar e transmitir informações de forma mais rápida e cada vez mais acessível em termos de custos, vislumbrando uma maior possibilidade de utilização para todos.
 
No entanto, a utilização da informática é vista como reacionária e conservadora em face do desemprego tecnológico e o descomprometimento dos educadores com a democracia.
 
Vivemos numa sociedade contemporânea sob a forma de produção industrial que tem a sua base na racionalidade instrumental e regida por regras técnicas operacionais em que tudo é planejado, medido e racionalizado.
 
Em proporção tal que atingiu todos os setores da vida dos indivíduos, se adentrando no espaço e no tempo livre do trabalhador, atingindo-o até mesmo em sua consciência sujeita às regras provenientes das exigências técnicas da produção industrial.
 
O capitalismo estabelece em seu discurso tecnocrático uma ideologia que insistentemente tenta legitimar a falsa consciência de mundo. Tal ideologia dominante influencia os comportamentos humanos, acabando por legitimá-la.

Já no século XIX, pensadores como Durkheim e Marx convergiam suas constatações de que o homem e sua consciência são produtos da sociedade. Por ser homem um ser social, é fruto de sua sociedade, é o resultado desta sociedade.
 
Desta forma, o homem é considerado criador e criatura, pois ao longo de sua evolução, foi criando e adaptando instrumentos para facilitar suas relações com os demais homens e com a natureza, desenvolvendo seus sentidos, sua ação e aquilo que é peculiar do homem, a capacidade de criar.
 
Tanto a família como a escola como também outras instituições sociais foram impregnadas por essa ideologia do poder e influenciaram de forma firme e constante a conformação e adaptação às normas dominantes, ao mesmo tempo, em que transmitem aos homens os conhecimentos técnicos acumulados pelas gerações antecessoras, desenvolvendo habilidades para a adaptação ao sistema social-econômico.
 
Tais características modelam o processo de socialização, a formação de novas gerações e transmissão cultural. Neste contexto, a formação e desenvolvimento de personalidade do indivíduo passa a ser a tarefa de instituições e de especialistas como psicólogos, orientadores, médicos e assistentes sociais
 
É a escola que divide com a mídia a responsabilidade na socialização de jovens e crianças. Há o controle social exercido sobre as múltiplas formas e através de instituições sobre as quais a escola e mídia também atuam.
 
Desta forma, a escola perpetua a função de ser o aparelho ideológico do Estado, dividindo com a mídia a liderança sobre essa função. A escola, no entanto, vem perdendo espaço e prestígio em concorrência com as diferentes mídias.

O mundo se apresenta cada vez mais aberto e com as máquinas que lidam tanto com o saber como com o imaginário, a escola ainda se estrutura em tempos e espaços pré-determinados, insistindo em ser fechado e imune às inovações.

A velocidade do progresso tecnológico e sua interferência no trabalho humano e na vida de todos atesta que a escola se encontra em crise e precisa se reinventar. Pois a escola tem como ideal preparar as pessoas para a vida, para a cidadania e também para o trabalho, deve-se então, questionar, sobre qual contexto social se reportar já que está em permanente modificação.
 
A escola e todo sistema educacional tende a funcionar em múltiplos espaços diferenciados, com a presença de elementos tecnológicos de informação e comunicação. A televisão penetra cada vez mais nos mais recônditos cantos do mundo e oferece de modo atraente e ao alcance da maioria dos cidadãos, uma bagagem de informações nos mais variados âmbitos da realidade.
 
Mas, não podemos confundir informação com conhecimento. Pois somente a educação pode transformar a informação em conhecimento[5], aliando à finalidade, à ética e uma vida melhor.
 
É importante a utilização dos meios de massa na escola para oportunizar uma reflexão cuidadosa sobre as ideologias que servem a cultura dominante, e principalmente as relações sociais.
 
Os avanços tecnológicos estão sendo usados praticamente em todos os ramos do conhecimento. Estamos sempre a um passo da próxima novidade, somos participantes do mundo globalizado. Sob a ótica da Psicopedagogia o ser humano é cognitivo, afetivo e social e sua autonomia é estabelecida à medida em que se compromete com o seu social em redes educacionais.
 
Os fatores orgânicos eram responsabilizados pelas dificuldades de aprendizagem, na chamada era patologizante. Enfim, a sociedade do êxito educa e domestica. E, seus valores e mitos relativos à aprendizagem muitas vezes levam muitos ao fracasso.

Em nosso sistema educacional, o conhecimento é considerado conteúdo, uma informação a ser transmitida. As atividades visam à assimilação da realidade e, não possibilitam o processo de autoria do pensamento.
 
O uso pedagógico da internet passou a existir algum tempo depois do surgimento da internet a partir de 1969[6] e com a guerra fria[7] quando os EUA solicitaram a Advanced Research Projects Agency (ARPA) uma rede de computadores que pudessem ter seu funcionamento mesmo com a quebra de conexão. Surgiu então a rede das redes[8].
 
A internet[9] é meio que poderá conduzir-nos a uma crescente homogeneização da cultura de forma geral, e é, ainda, um canal de construção do conhecimento a partir da transformação de informações pelos alunos e professores.

As redes eletrônicas estabelecem uma teia de novas formas de comunicação e de interação e que não leva em consideração as distâncias físicas e temporais. Há grande volume de armazenamento de dados e transportam grandes quantidades de informação.
 
Há a convocação dos professores para esse novo processo de ensino e aprendizagem nesta nova cultura educacional.Com o rápido crescimento do processo de globalização vários problemas estão afetando muitos países ao mesmo tempo.
 
O trabalho em equipe e a internet oferecem uma das mais interessantes e efetivas formas para capacitar os estudantes ao processo colaborativo e cooperativo, e, ainda, desenvolver e habilidade de comunicação.
 
Em fase da relevância do fenômeno comunicacional na sociedade mundial e o acelerado processo tecnológico que abrange os mais variados setores da convivência humana, o que se propõe é uma escola contextualizada e que se situe na dinâmica dos novos processos de ensino e aprendizagem propondo criticidade e colaboração mútua.
 
Colocar o homem no centro da história e, analisar o impacto das novas tecnologias vem causando na sociedade, resta a evidência de que a mídia é imprescindível aos rumos educacionais[10].
 
Um bom exemplo disto atualmente é o fato de muitos professores estarem produzindo pequenos vídeos e áudios explicativos no Periscope[11] que é aplicativo para smartphones. Confesso que infelizmente por excesso de timidez ainda não consegui o feito..., mas já estou preparando-me para também participar dessa inovação tecnológica e educacional.
 
Referências:
DORIGNONI, Gliza Maria Leite; DA SILVA, João Carlos. Mídia e Educação. O uso de novas tecnologias no espaço escolar.
ADORNO, Theodor W. Adorno: vida e obra. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Nova Cultura, 1999.
BACON, Francis. Novum Organum ou verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza. 2.ed., São Paulo: Victor Civita, 1979.
FERRETTI, Celso João (org.) Novas Tecnologias, trabalhos e educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
KALINKE, Marco Aurelio. Para não ser um professor do século passado. Curitiba: Gráfica Expoente, 1999.
PUCCI, Bruno (org.) Teoria Crítica e Educação; A questão de formação cultural na Escola de Frankfurt. Petrópolis- RJ: Vozes, 1994.
XAVIER, Rodolfo Coutinho Moreira; DA COSTA, Rubenildo Oliveira. Relações mútuas entre informação e conhecimento: o mesmo conceito? Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-19652010000200006&script=sci_arttext.
Acesso em 06.01.2016.
 
 
 
[1] Há de se entender a diferença entre informação e conhecimento. A palavra "conhecimento" vem do latim com (que significa junto) e gnoscere (obter conhecimento, chegar a saber), formando cognoscere, conhecer, saber. Já a palavra informação também se origina do latim informatio, onis que significa delinear, conceber ideia, ou seja, dar forma ou moldar na mente.
É verdade que o progresso tecnológico deu maior acesso à informação que veicula em velocidade estonteante no cenário global. Estando acessíveis quase em todo lugar, mas não necessariamente em lugar estático, como em anos anteriores.
Mas conhecimento não se trata de mera apropriação de informações, no sentido de memorizá-las ou guardá-las na mente como se o intelecto fosse um arquivo ou catálogo. Vale dizer que os computadores são muitos mais eficientes do que nós para armazenar informações. O conhecimento bem como o aprendizado de forma geral, não é coisa guardada e nem o ato de guardar, é uma atividade intelectual, um processo mental, onde se indaga, questiona e estabelece relações entre as diversas informações obtidas. O que resulta deste processo, são novas informações que, por sua vez, serão comunicadas e apreendidas e igualmente empregadas e m novos processos.
[2] A desigualdade por classe social também é considerável, segundo pesquisa do Comitê Gestor da Internet: na classe A, a proporção de domicílios com acesso à internet é de 98%. Na classe B, 82%. Na classe C, 48%. E nas classes D e E, 14%. Nas áreas urbanas, a proporção de domicílios com acesso à internet é de 54%, enquanto nas rurais é de 22%. A sondagem ainda aponta que 32,7 milhões de domicílios não possuíam acesso à rede mundial de computadores, principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste. A maioria encontra-se em áreas urbanas (25,5 milhões), concentrados nas classes C (16,5 milhões) e D e E (13,2 milhões), com renda domiciliar abaixo de dois salários mínimos (22,9 milhões). O custo elevado e a falta de computadores são os principais motivos para os usuários não se conectarem.
 
A Pesquisa do Comitê Gestor da Internet ainda aponta que, do total de domicílios conectados, 18% pagam até 30 reais pela conexão, 59% pagam valores de 31 reais a 100 reais, e 9% pagam acima disso. A velocidade ainda é baixa: na área urbana, apenas 24% dos domicílios com internet apresentam conexão com mais de 8 Mbps, velocidade em 5% das residências na área rural.
[3] Fetiche é objeto a que se atribui poder sobrenatural ou mágico e se presta culto. Sua origem é do latim facticius, significando artificial ou fictício. O termo se tornou conhecido na Europa através de Charles de Brosses em 1757. Karl Marx desenvolveu uma teoria econômica e política para o fetiche, central em sua obra, que é aplicada, por exemplo, à crítica dos meios de comunicação de massa, da mercadoria e do capital. O fetiche para a escola marxista é elemento fundamental da manutenção do modo de produção capitalista.
[4] Cerca de 95 milhões brasileiros a partir dos 10 anos de idade acessaram a internet por meio de computadores em 2014, um crescimento de 10 milhões de usuários em relação ao ano anterior, segundo os dados mais recentes do IBGE. Pela primeira vez, a proporção de internautas passou da metade da população residente. O porcentual chegou a 54,4%, em 2014.
Os computadores são bens encontrados em metade dos domicílios brasileiros, o dobro do porcentual verificado há dez anos, mas ainda abaixo do registrado em outros países. Na Argentina, o índice chega a 62%. No Sudeste, encontra-se o maior porcentual de domicílios com computador (59%), seguido pelas regiões Sul (57%) e Centro-Oeste (48%). As regiões Norte e Nordeste apresentam os menores, com cerca de um terço dos domicílios com computador (33% e 37%, respectivamente).
[5] O conhecimento depende de uma base sólida para contrapor ideias e ter senso crítico. Sua construção se dá de forma permanente. O saber é um processo contínuo que exige muita dedicação”. A informação e o conhecimento são simultaneamente causa e efeito um de si mesmos, numa interação dinâmica em que a sucessão pode ser plenamente invertida, mas não gera nenhuma contradição, pois se é causa e efeito com relação a coisas diferentes em momentos distintos, quer dizer que se é causa só quando o outro é efeito e se é efeito apenas quando o outro for causa, gera assim expansão benéfica a ambos.
[6] A verdade é que a rede mundial de computadores, ou internet, surgiu no auge da guerra fria e fora criada com objetivos militares, pois seria uma das formas das forças armadas norte-americanas manterem comunicações em caso de ataques inimigos que destruíssem os convencionais meios de comunicações. Nas décadas de 1970 e 1980 além de utilizada para fins militares também foi importante meio de comunicação acadêmico, unindo ideias, mensagens e descobertas entre professores, cientistas e alunos e estudiosos em geral.
[7] Arpanet, a primeira rede nacional de computadores criada em 1969 pelo Departamento de Defesa do EUA para garantir a segurança em caso de acidente nas comunicações. Esta rede privada era destinada a interligar os computadores dos centros de pesquisa, universidades e instituições militares americanas, permitindo o compartilhamento de recursos entre os pesquisadores que trabalhavam com projetos estratégico-militares.
[8] Para interligar os diferentes computadores dos centros de pesquisa, em 1980 a Internet adotou o protocolo aberto TCP/IP para conectar sistemas heterogêneos, ampliando a dimensão da rede, que passou a falar com equipamentos de diferentes portes, como micros, workstations, mainframes e supercomputadores.
[9] Somente na década de 1990 que a internet começou a alcançar a população em geral. E o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide Web, possibilitando a utilização de uma interfase gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente mais atraentes. E a partir daí, surgiram vários navegadores ou browsers, como, por exemplo, o Internet Explorer da Microsoft e Netscape Navigator. O surgimento acelerado de provedores de acesso e portais de serviços on line contribuíram para este crescimento. E, passou a ser utilizada por vários segmentos sociais.
[10] Em 2014 foi aprovado (no Congresso Nacional e Senado) e sancionado pela presidente Dilma Rousseff, o Marco Civil da Internet, após longo período de debates e tramitação. Um dos principais pontos da lei é a implantação no Brasil do princípio da "neutralidade da rede". Esta proíbe as empresas que oferecem acesso à rede (operadoras de telefonia, por exemplo) de cobrarem pelo tipo de conteúdo que o internauta (assinante) acessa.
[11] Periscope é a aposta do Twitter para IOS e Android (plataformas de smatphone) gratuito e permite que você transmita vídeos ao vivo pelos seus dispositivos móveis e tenha interações de seus seguidores durante o streaming (a transmissão). É aplicativo apreciado mesmo pelos estudiosos mais exigentes. Apesar de apresentar pequenos travamentos e lentidão no carregamento de informações. Vide maiores detalhes no site https://www.periscope.tv/
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 17/01/2016
Código do texto: T5513461
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