Como salvar o ensino médio da mediocridade
Corroboro com o que Lya Luft disse em artigo publicado na Revista Veja em 22.09.2012 ( vide link:http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/lya-luft-estamos-carentes-de-excelencia-a-mediocridade-reina-assustadora-implacavel-e-persistente/ ):"Estamos carentes de excelência. A mediocridade reina, assustadora, implacável e persistente".
É fato os alunos saem do ensino médio semianalfabetos e nesse status perpetram nas universidades, que paulatinamente vem se tornando um gueto de pobreza intelectual.
É assustador que em 2015 tenhamos tão alto índice de redações que obtiveram zero... mas a proposta educacional do ensino médio no Brasil sempre fora decrépita.
Hoje no contexto contemporâneo o perfil do professor exige muito mais do que ministrar aulas, há de instigar o debate, a reflexão para a manifestação de ideias principalmente as relacionadas com a organização curricular, carga horária, plano político-pedagógico do sistema de ensino.
Infelizmente em todo o país que tem dimensão continental, reservadas as devidas proporções, os problemas se repetem a exaustão: vige a depredação da estrutura material das escolas públicas, a concentração e confinamento em sala de aulas, a organização curricular dispersa e desatualizada e, ainda, a falta de motivação e preparo por parte dos docentes, e, de amparo das equipes gestoras para esses professores.
Há de se investir fortemente na reformulação da estrutura escolar. E introdução vários itens como equipamentos tecnológicos, capacitação continuada dos docentes, a regulamentação de cargos como supervisor de ensino, diretor de escola, orientador educacional, além de cargos administrativos ligados à Secretaria da Educação.
Com essa medida, seria possível e palpável a autonomia pedagógica nas escolas e melhorar efetivamente a gestão de recursos das Secretarias racionalizando a quantidade e qualidade dos cargos e diminuindo o desperdício do dinheiro público.
A substituição reiterada de professores temporários é outro mal, que desestimula e empobrece a carreira docente.
Outra sugestão seria a gradual implantação e contínua da escola em período integral (sugiro o horário das 7:00 até as 15:00 horas). Logicamente que com a ampliação de jornada escolar, abre-se espaço também para novas disciplinas além das já existentes.
Então além das disciplinas tradicionais teríamos também outras relacionadas com a exigência da sociedade contemporânea, baseada nas tecnologias digitais e principalmente com maior acesso e facilitação de estudos, o computador, a internet. Além do estudo de idiomas como Inglês, Espanhol, oficinas de música, teatro, capoeira, artes marciais e outras atividades educacionais e culturais.
Urge que existam ações de valorização efetiva da carreira do magistério, não só no sentido salarial, mas no sentido de avaliação de desempenho utilizando-se critérios honestos, objetivos e que estimulem o envolvimento do docente com a comunidade escolar.
É trivial o docente lecionar em várias escolas, ou universidades, seja para sobreviver, seja para manter o minimum de dignidade existencial.
Então, o professor com sobrecarga laboral passa infelizmente por redução de qualidade de seu labor e interesse igualmente em sua atualização e reciclagem.
O estímulo à pesquisa e a produção acadêmica também deveriam existir, principalmente cooptando os discentes e até a comunidade fazer parte da construção do conhecimento.
Além da distribuição gratuita de uniforme escolar, livros didáticos seria interessante haver aulas de reforço obrigatórias para os alunos que apresentassem baixo rendimento escolar, aos sábados... em paralelo ao reforço escolar, também existiria a realização de atividades culturais e de assessoria como atendimento psicológico tanto do discente como da família, se for necessário.
Também as bibliotecas nas escolas e as públicas deveriam funcionar aos fins de semana e terem atrações paradidáticas, ligadas ao reforço e a ampliação da aprendizagem...o que ampliaria em muito as possibilidades educacionais dos alunos, dos pais e da comunidade que teriam acesso à cultura em seu tempo livre.
Segundo a UNESCO e ainda os mais renomados
especialistas em Educação a sala de aula com até vinte e cinco alunos permitem maior interação social com menores índices de conflitos, posto que a indisciplina não se manifeste da mesma forma que numa sala superlotada.
Enfim, talvez cheguemos em 2016... e não falta tanto tempo assim, e não cumpriremos a meta de universalização do ensino médio... e, percebam sem a conclusão do ensino médio, há a condenação inexorável de exclusão não só do mercado de trabalho mas de sua cidadania. E, pior, da própria dignidade humana.
Afinal, lembremos somos a Pátria, educadora!
Corroboro com o que Lya Luft disse em artigo publicado na Revista Veja em 22.09.2012 ( vide link:http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/lya-luft-estamos-carentes-de-excelencia-a-mediocridade-reina-assustadora-implacavel-e-persistente/ ):"Estamos carentes de excelência. A mediocridade reina, assustadora, implacável e persistente".
É fato os alunos saem do ensino médio semianalfabetos e nesse status perpetram nas universidades, que paulatinamente vem se tornando um gueto de pobreza intelectual.
É assustador que em 2015 tenhamos tão alto índice de redações que obtiveram zero... mas a proposta educacional do ensino médio no Brasil sempre fora decrépita.
Hoje no contexto contemporâneo o perfil do professor exige muito mais do que ministrar aulas, há de instigar o debate, a reflexão para a manifestação de ideias principalmente as relacionadas com a organização curricular, carga horária, plano político-pedagógico do sistema de ensino.
Infelizmente em todo o país que tem dimensão continental, reservadas as devidas proporções, os problemas se repetem a exaustão: vige a depredação da estrutura material das escolas públicas, a concentração e confinamento em sala de aulas, a organização curricular dispersa e desatualizada e, ainda, a falta de motivação e preparo por parte dos docentes, e, de amparo das equipes gestoras para esses professores.
Há de se investir fortemente na reformulação da estrutura escolar. E introdução vários itens como equipamentos tecnológicos, capacitação continuada dos docentes, a regulamentação de cargos como supervisor de ensino, diretor de escola, orientador educacional, além de cargos administrativos ligados à Secretaria da Educação.
Com essa medida, seria possível e palpável a autonomia pedagógica nas escolas e melhorar efetivamente a gestão de recursos das Secretarias racionalizando a quantidade e qualidade dos cargos e diminuindo o desperdício do dinheiro público.
A substituição reiterada de professores temporários é outro mal, que desestimula e empobrece a carreira docente.
Outra sugestão seria a gradual implantação e contínua da escola em período integral (sugiro o horário das 7:00 até as 15:00 horas). Logicamente que com a ampliação de jornada escolar, abre-se espaço também para novas disciplinas além das já existentes.
Então além das disciplinas tradicionais teríamos também outras relacionadas com a exigência da sociedade contemporânea, baseada nas tecnologias digitais e principalmente com maior acesso e facilitação de estudos, o computador, a internet. Além do estudo de idiomas como Inglês, Espanhol, oficinas de música, teatro, capoeira, artes marciais e outras atividades educacionais e culturais.
Urge que existam ações de valorização efetiva da carreira do magistério, não só no sentido salarial, mas no sentido de avaliação de desempenho utilizando-se critérios honestos, objetivos e que estimulem o envolvimento do docente com a comunidade escolar.
É trivial o docente lecionar em várias escolas, ou universidades, seja para sobreviver, seja para manter o minimum de dignidade existencial.
Então, o professor com sobrecarga laboral passa infelizmente por redução de qualidade de seu labor e interesse igualmente em sua atualização e reciclagem.
O estímulo à pesquisa e a produção acadêmica também deveriam existir, principalmente cooptando os discentes e até a comunidade fazer parte da construção do conhecimento.
Além da distribuição gratuita de uniforme escolar, livros didáticos seria interessante haver aulas de reforço obrigatórias para os alunos que apresentassem baixo rendimento escolar, aos sábados... em paralelo ao reforço escolar, também existiria a realização de atividades culturais e de assessoria como atendimento psicológico tanto do discente como da família, se for necessário.
Também as bibliotecas nas escolas e as públicas deveriam funcionar aos fins de semana e terem atrações paradidáticas, ligadas ao reforço e a ampliação da aprendizagem...o que ampliaria em muito as possibilidades educacionais dos alunos, dos pais e da comunidade que teriam acesso à cultura em seu tempo livre.
Segundo a UNESCO e ainda os mais renomados
especialistas em Educação a sala de aula com até vinte e cinco alunos permitem maior interação social com menores índices de conflitos, posto que a indisciplina não se manifeste da mesma forma que numa sala superlotada.
Enfim, talvez cheguemos em 2016... e não falta tanto tempo assim, e não cumpriremos a meta de universalização do ensino médio... e, percebam sem a conclusão do ensino médio, há a condenação inexorável de exclusão não só do mercado de trabalho mas de sua cidadania. E, pior, da própria dignidade humana.
Afinal, lembremos somos a Pátria, educadora!