Diferentes gerações, diferentes perfis e a convergência contemporânea.
Muitos estudiosos oriundos de diversas áreas do conhecimento humano consideram o século XX o mais transformador e impactante de toda a história da humanidade.
A época dos grandes massacres ou o século sangrento apresentou tantas transformações profundas, radicais e contraditórias. Entre os anos de 1901 até 2000 tivemos acontecimentos os mais frenéticos e intensos, a era dos extremos segundo Eric Hobsbawn .
Invenções como a lâmpada, o automóvel e o telefone trouxeram o aumento de qualidade de vida que atingiu níveis vertiginosos.
As gerações nascidas no início do século XX (até a Segunda Grande Guerra Mundial) viveram num mundo muito rural e desconectado.
Em termos tecnológicos o início do século XX foi pobre posto que não havia energia elétrica, nem rádios, nem televisão e nem meios de comunicação de massa e a velocidade de comunicação era muitas vezes menor que a existente nos dias atuais.
A viagem entre os países ocorria de forma longa e penosa através de navios e estradas que não passaram de leitos carroçáveis que eram próprios para tropeiros e animais de tração.
A vida no início do século XX era provinciana e pacata. Os indivíduos mantinham um conjunto de práticas, influências e informação mais ou menos comum e eram definidos arbitrariamente como tradicionais ou veteranos.
A geração posterior, do pós-guerra é a chamada baby boomers posto que houve uma explosão populacional e, o termo se popularizou com o fim da guerra quando veio a percepção dos horrores praticados durante os conflitos e as crises ocorridas na primeira metade do século XX, proporcionaram um breve período de euforia, esperança e crença de que a humanidade jamais pudesse a voltar a passar novamente por tanta crueldade.
Procurou-se, a todo custo evitar a repetição dos conflitos mundiais naquela dimensão e, havia uma visão utópica (talvez inocente e até romântica) de que a vida seria muito boa e, a partir dali, não existiriam mais os grandes conflitos, o que logo cairia por terra com a emergente Guerra Fria .
A geração babyboomers cresceu no que pode considerar num período próspero do século XX, quando as apostas nas tecnologias e na capacidade humana de dominar a natureza atingiram o seu auge.
Por outro lado, essa geração também questionou contundentemente alguns valores tradicionais e promoveram grandes discussões, revoluções no comportamento e na forma de se observar o mundo, de encarar a sexualidade, o papel da mulher na família e na sociedade, e propugnou pela defesa do meio ambiente.
Um fator impactante foi a pílula anticoncepcional que surgiu inicialmente nos EUA em 1960. E que separou a sexualidade da reprodução.
Assim, a mulher pode finalmente desconecta a sexualidade da maternidade (que passou a ser uma escolha e não uma deliberação do destino).
Pertencem a esse período (ou seja, pós-segunda guerra mundial) os mais populares ícones do século XX, chegando-se a um ponto culminante o idealismo e, a década de 60 trouxe todos os estereótipos de liberdade, realidade e contestação (e podemos citar apenas para melhor elucidar os Beatles, Twiggy , Audrey Hepburn, James Dean e Marlon Brando).
Porém, a crença de que poderíamos dominar a natureza e que a humanidade viveria um eterno crescimento econômico e desenvolvimento social que também não se confirmaram nos primeiros anos do pós-guerra e essa frustração se consolidou com algumas crises do capitalismo assolaram as economias ocidentais especialmente a partir do início da década de 70 e promoveram impactos de diversas intensidades em todo o mundo, como, por exemplo, a crise dos anos oitenta no Brasil.
A década de 70 foi considera “a década de excessos ” e marcou uma sensível mudança, deslocando aquele pensamento mais idealista para uma visão individualista, egoísta e focada em resultados, predominante na década de 80 e muito bem ilustrada pelos yuppies (Young Urban Professional) de Wall Street cujo tempo é dinheiro e devemos trabalhar e produzir o máximo possível.
É exatamente esse período que a geração Y começa a viver a sua juventude.
A geração X corresponde aos nascidos no final da década de 60 e fim da década de 70 e, alcançaram sua juventude em meados dos anos 80.
O termo “geração X” foi criado pelo fotógrafo da Magnum, Robert Capa, em 1950, que em seu primeiro entusiasmo percebeu que surgira algo muito maior que nossos talentos e bolsos poderiam lidar.
O termo fora primeiramente utilizado em um estudo de 1964 de Jane Deverson que abordava a juventude britânica.
Foram assim chamados de X exatamente por representarem uma incógnita como filhos de uma geração contestadora e idealista dos babyboomers. As incertezas do futuro e de viverem em um momento de turbulência econômica, inserida numa sociedade extremamente individualista e sem grandes causas a defender.
Ícones populares, especialmente os músicos (aliás, os músicos são sempre ótimos representantes dos estereótipos de uma época) nascidos nessa geração conhecemos como exemplos Cazuza, Renato Russo, Kurt Cobain (do Nirvana), ilustram e viveram até de forma contraditória, a crise e certa desilusão da geração X como o incômodo da sociedade em que viviam.
Percebemos, até por meio das letras das músicas, que apesar das grandes revoluções românticas do passado, estão em um mundo em que os "meus heróis morreram de overdose, e meus inimigos estão no poder", dizia Cazuza.
O X dessa geração espelha bem uma fase de incertezas pela qual passa o mundo. Mas foi dessa geração também que surgiram todos os grandes elementos aglutinadores pelos quais as atuais gerações caminham e crescem se comunicando. Assim, o facebook, o orkut, youtube, google e, entre outros, são todas criações da geração X.
O fato é que, como ilustra bem o historiador Eric Hobsbawm, vivemos em uma Era de Incerteza, mas da mesma forma Tempos Interessantes.
Vivemos em um presente contínuo, tudo está disponível de todas as formas que quisermos e pudermos. Parece que percebemos que houve uma Segunda Guerra Mundial, só porque houve uma primeira.
Tudo está disponível e rápido, instantâneo, acentuado por um processo de globalização e de alta velocidade de informação e sua disseminação são praticamente imediatas. É nesse contexto que surgem os jovens imersos na tecnologia, os fiéis representantes da geração Y.
A geração Y ou geração da internet como comentado anteriormente, dos jovens nascidos a partir de 1979, é a primeira geração a efetivamente crescer num mundo de convergência tecnológica e de comunicação, convivendo com toda essa informação instantânea e os infinitos meios de comunicação digital.
Nessa perspectiva é interessante entender que esse grupo de jovens está imerso numa realidade peculiar e diferente de seus predecessores.
Há certamente grande interesse por essa geração Y, talvez superior aos estudos de gerações anteriores. Talvez porque elementos de convivência parecem não se aplicar mais a esse grupo.
Com essa realidade de "pós tudo" em que vivemos, associada à acessibilidade completa a absolutamente tudo o que se queira saber. A geração Y adquiriu uma característica bastante crítica, quase niilista , isto é, o nada como forma de vida.
A origem desses jovens muitas vezes está em seios familiares de pais separados, trabalhadores compulsivos e ausentes da década de 1980 que deixavam seus filhos nas mãos de avós, babás ou mesmo apenas com seus computadores e amigos virtuais.
Parece mesmo mais fácil conversar com o computador do que conversar pessoalmente. Esse jovem acessa tudo e coloca-se com uma vantagem ao saber manejar as ferramentas de comunicação, mas não necessariamente a comunicação em si.
Essa condição aparentemente solitária e praticamente autogerida leva esse jovem a formar uma opinião, avessa aos clichês dos adultos, ou pelo menos dos pais. São muito mais questionadores e crus no posicionamento frente à chefia, professores e superiores.
É preciso fazer, porém, uma ressalva sobre tudo isso. Nem todos os jovens que nasceram no mesmo extrato social, com os mesmos acessos e condições de comunicação e inter-relação de jovens estereotipados no parágrafo acima.
Certamente existem jovens e jovens. O ponto comum talvez resida única e exclusivamente na globalização tecnológica, que tornou o mundo rápido e global.
É preciso empatia, entender com esses jovens funcionam na perspectiva deles. Certamente a empatia será muito útil também para entender os idosos.
Uma observação superficial desses jovens sem o filtro da empatia levará a conclusões de que são pessoas desinteressadas, arrogante e que se colocam como conhecedores de tudo.
Não só o Y, mas jovens de qualquer geração sempre foram um pouco arrogantes, cheios de si e irresponsáveis.
Olhando cuidadosamente, podemos observar que esse mergulho no mundo da informação desde sempre tornou esse jovem carente de profundidade, de competência e de uma ligação com valores, que podem tanto ser certos como errados, mas definitivamente ele acredita nestes.
Isso pode ser atribuído ao fato de que esse jovem exposto que foi desde pequeno à dura realidade da vida, se preocupa como que fazemos do planeta . Então as preocupações ambientais globais só eclodiram a partir da década de 90 e a incerteza sobre o futuro da Terra e da humanidade, por conseguinte vem deixando o mundo numa intensa inquietação.
Somado a isso, vivemos num mundo descartável, líquido e imediato. O que é bom, ruim, perene e legal? Questionamos o que não é comercializável. Pois tudo parece ser do mercado de consumo. O hoje eterno se descarta ao tempo da inovação que surge. Isso causa um paradoxo entre a mediocrização de tudo e um vazio em busca de substância.
O jovem da geração Y também está mergulhado nisso. Pesquisas indicam que o jovem da geração Y prefere trabalhar com pessoas competentes, que o ensinem, em detrimento de trabalhar com alguém famoso e distante.
O trato desse jovem é direto e franco e, é isso o que ele busca em seus antagonistas, chefes, professores, amigos, familiares, e todos os outros entes com quem convive. Eis aí, uma chave de conexão e sucesso.
Atingir o coração e alma dessas pessoas, entendendo com empatia o que querem, colocando-se no seu lugar, fazendo-os acreditar e principalmente entender o que se está fazendo, não os subestimando, mas os orientando com firmeza e credibilidade - eis outra essência mágica - o caminho para incluir esses jovens quer no mercado do trabalho, quer nas escolas, quer nos sindicatos, partidos políticos, associações de classe, será muito mais breve.
Rotulá-los, assim como nos rotulam, não é nada agradável. Adolescentes e jovens sempre existiram e queremos que continuem a existir. De uma forma ou de outra, já fomos ou poderemos ainda ser jovens por muito tempo. Uma sociedade baseada em valores honestos, francos e positivos pode ser a gênese de um futuro promissor.
Todas as épocas e gerações tiveram seus momentos, e para o bem ou para o mal, envelhecer é parte inexorável daqueles que ainda não morreram. Certamente outras gerações X, Y e Z virão e questionarão a geração anterior.
Aprender e conviver e entender o outro pode ser a chave do sucesso.
Muitos estudiosos oriundos de diversas áreas do conhecimento humano consideram o século XX o mais transformador e impactante de toda a história da humanidade.
A época dos grandes massacres ou o século sangrento apresentou tantas transformações profundas, radicais e contraditórias. Entre os anos de 1901 até 2000 tivemos acontecimentos os mais frenéticos e intensos, a era dos extremos segundo Eric Hobsbawn .
Invenções como a lâmpada, o automóvel e o telefone trouxeram o aumento de qualidade de vida que atingiu níveis vertiginosos.
As gerações nascidas no início do século XX (até a Segunda Grande Guerra Mundial) viveram num mundo muito rural e desconectado.
Em termos tecnológicos o início do século XX foi pobre posto que não havia energia elétrica, nem rádios, nem televisão e nem meios de comunicação de massa e a velocidade de comunicação era muitas vezes menor que a existente nos dias atuais.
A viagem entre os países ocorria de forma longa e penosa através de navios e estradas que não passaram de leitos carroçáveis que eram próprios para tropeiros e animais de tração.
A vida no início do século XX era provinciana e pacata. Os indivíduos mantinham um conjunto de práticas, influências e informação mais ou menos comum e eram definidos arbitrariamente como tradicionais ou veteranos.
A geração posterior, do pós-guerra é a chamada baby boomers posto que houve uma explosão populacional e, o termo se popularizou com o fim da guerra quando veio a percepção dos horrores praticados durante os conflitos e as crises ocorridas na primeira metade do século XX, proporcionaram um breve período de euforia, esperança e crença de que a humanidade jamais pudesse a voltar a passar novamente por tanta crueldade.
Procurou-se, a todo custo evitar a repetição dos conflitos mundiais naquela dimensão e, havia uma visão utópica (talvez inocente e até romântica) de que a vida seria muito boa e, a partir dali, não existiriam mais os grandes conflitos, o que logo cairia por terra com a emergente Guerra Fria .
A geração babyboomers cresceu no que pode considerar num período próspero do século XX, quando as apostas nas tecnologias e na capacidade humana de dominar a natureza atingiram o seu auge.
Por outro lado, essa geração também questionou contundentemente alguns valores tradicionais e promoveram grandes discussões, revoluções no comportamento e na forma de se observar o mundo, de encarar a sexualidade, o papel da mulher na família e na sociedade, e propugnou pela defesa do meio ambiente.
Um fator impactante foi a pílula anticoncepcional que surgiu inicialmente nos EUA em 1960. E que separou a sexualidade da reprodução.
Assim, a mulher pode finalmente desconecta a sexualidade da maternidade (que passou a ser uma escolha e não uma deliberação do destino).
Pertencem a esse período (ou seja, pós-segunda guerra mundial) os mais populares ícones do século XX, chegando-se a um ponto culminante o idealismo e, a década de 60 trouxe todos os estereótipos de liberdade, realidade e contestação (e podemos citar apenas para melhor elucidar os Beatles, Twiggy , Audrey Hepburn, James Dean e Marlon Brando).
Porém, a crença de que poderíamos dominar a natureza e que a humanidade viveria um eterno crescimento econômico e desenvolvimento social que também não se confirmaram nos primeiros anos do pós-guerra e essa frustração se consolidou com algumas crises do capitalismo assolaram as economias ocidentais especialmente a partir do início da década de 70 e promoveram impactos de diversas intensidades em todo o mundo, como, por exemplo, a crise dos anos oitenta no Brasil.
A década de 70 foi considera “a década de excessos ” e marcou uma sensível mudança, deslocando aquele pensamento mais idealista para uma visão individualista, egoísta e focada em resultados, predominante na década de 80 e muito bem ilustrada pelos yuppies (Young Urban Professional) de Wall Street cujo tempo é dinheiro e devemos trabalhar e produzir o máximo possível.
É exatamente esse período que a geração Y começa a viver a sua juventude.
A geração X corresponde aos nascidos no final da década de 60 e fim da década de 70 e, alcançaram sua juventude em meados dos anos 80.
O termo “geração X” foi criado pelo fotógrafo da Magnum, Robert Capa, em 1950, que em seu primeiro entusiasmo percebeu que surgira algo muito maior que nossos talentos e bolsos poderiam lidar.
O termo fora primeiramente utilizado em um estudo de 1964 de Jane Deverson que abordava a juventude britânica.
Foram assim chamados de X exatamente por representarem uma incógnita como filhos de uma geração contestadora e idealista dos babyboomers. As incertezas do futuro e de viverem em um momento de turbulência econômica, inserida numa sociedade extremamente individualista e sem grandes causas a defender.
Ícones populares, especialmente os músicos (aliás, os músicos são sempre ótimos representantes dos estereótipos de uma época) nascidos nessa geração conhecemos como exemplos Cazuza, Renato Russo, Kurt Cobain (do Nirvana), ilustram e viveram até de forma contraditória, a crise e certa desilusão da geração X como o incômodo da sociedade em que viviam.
Percebemos, até por meio das letras das músicas, que apesar das grandes revoluções românticas do passado, estão em um mundo em que os "meus heróis morreram de overdose, e meus inimigos estão no poder", dizia Cazuza.
O X dessa geração espelha bem uma fase de incertezas pela qual passa o mundo. Mas foi dessa geração também que surgiram todos os grandes elementos aglutinadores pelos quais as atuais gerações caminham e crescem se comunicando. Assim, o facebook, o orkut, youtube, google e, entre outros, são todas criações da geração X.
O fato é que, como ilustra bem o historiador Eric Hobsbawm, vivemos em uma Era de Incerteza, mas da mesma forma Tempos Interessantes.
Vivemos em um presente contínuo, tudo está disponível de todas as formas que quisermos e pudermos. Parece que percebemos que houve uma Segunda Guerra Mundial, só porque houve uma primeira.
Tudo está disponível e rápido, instantâneo, acentuado por um processo de globalização e de alta velocidade de informação e sua disseminação são praticamente imediatas. É nesse contexto que surgem os jovens imersos na tecnologia, os fiéis representantes da geração Y.
A geração Y ou geração da internet como comentado anteriormente, dos jovens nascidos a partir de 1979, é a primeira geração a efetivamente crescer num mundo de convergência tecnológica e de comunicação, convivendo com toda essa informação instantânea e os infinitos meios de comunicação digital.
Nessa perspectiva é interessante entender que esse grupo de jovens está imerso numa realidade peculiar e diferente de seus predecessores.
Há certamente grande interesse por essa geração Y, talvez superior aos estudos de gerações anteriores. Talvez porque elementos de convivência parecem não se aplicar mais a esse grupo.
Com essa realidade de "pós tudo" em que vivemos, associada à acessibilidade completa a absolutamente tudo o que se queira saber. A geração Y adquiriu uma característica bastante crítica, quase niilista , isto é, o nada como forma de vida.
A origem desses jovens muitas vezes está em seios familiares de pais separados, trabalhadores compulsivos e ausentes da década de 1980 que deixavam seus filhos nas mãos de avós, babás ou mesmo apenas com seus computadores e amigos virtuais.
Parece mesmo mais fácil conversar com o computador do que conversar pessoalmente. Esse jovem acessa tudo e coloca-se com uma vantagem ao saber manejar as ferramentas de comunicação, mas não necessariamente a comunicação em si.
Essa condição aparentemente solitária e praticamente autogerida leva esse jovem a formar uma opinião, avessa aos clichês dos adultos, ou pelo menos dos pais. São muito mais questionadores e crus no posicionamento frente à chefia, professores e superiores.
É preciso fazer, porém, uma ressalva sobre tudo isso. Nem todos os jovens que nasceram no mesmo extrato social, com os mesmos acessos e condições de comunicação e inter-relação de jovens estereotipados no parágrafo acima.
Certamente existem jovens e jovens. O ponto comum talvez resida única e exclusivamente na globalização tecnológica, que tornou o mundo rápido e global.
É preciso empatia, entender com esses jovens funcionam na perspectiva deles. Certamente a empatia será muito útil também para entender os idosos.
Uma observação superficial desses jovens sem o filtro da empatia levará a conclusões de que são pessoas desinteressadas, arrogante e que se colocam como conhecedores de tudo.
Não só o Y, mas jovens de qualquer geração sempre foram um pouco arrogantes, cheios de si e irresponsáveis.
Olhando cuidadosamente, podemos observar que esse mergulho no mundo da informação desde sempre tornou esse jovem carente de profundidade, de competência e de uma ligação com valores, que podem tanto ser certos como errados, mas definitivamente ele acredita nestes.
Isso pode ser atribuído ao fato de que esse jovem exposto que foi desde pequeno à dura realidade da vida, se preocupa como que fazemos do planeta . Então as preocupações ambientais globais só eclodiram a partir da década de 90 e a incerteza sobre o futuro da Terra e da humanidade, por conseguinte vem deixando o mundo numa intensa inquietação.
Somado a isso, vivemos num mundo descartável, líquido e imediato. O que é bom, ruim, perene e legal? Questionamos o que não é comercializável. Pois tudo parece ser do mercado de consumo. O hoje eterno se descarta ao tempo da inovação que surge. Isso causa um paradoxo entre a mediocrização de tudo e um vazio em busca de substância.
O jovem da geração Y também está mergulhado nisso. Pesquisas indicam que o jovem da geração Y prefere trabalhar com pessoas competentes, que o ensinem, em detrimento de trabalhar com alguém famoso e distante.
O trato desse jovem é direto e franco e, é isso o que ele busca em seus antagonistas, chefes, professores, amigos, familiares, e todos os outros entes com quem convive. Eis aí, uma chave de conexão e sucesso.
Atingir o coração e alma dessas pessoas, entendendo com empatia o que querem, colocando-se no seu lugar, fazendo-os acreditar e principalmente entender o que se está fazendo, não os subestimando, mas os orientando com firmeza e credibilidade - eis outra essência mágica - o caminho para incluir esses jovens quer no mercado do trabalho, quer nas escolas, quer nos sindicatos, partidos políticos, associações de classe, será muito mais breve.
Rotulá-los, assim como nos rotulam, não é nada agradável. Adolescentes e jovens sempre existiram e queremos que continuem a existir. De uma forma ou de outra, já fomos ou poderemos ainda ser jovens por muito tempo. Uma sociedade baseada em valores honestos, francos e positivos pode ser a gênese de um futuro promissor.
Todas as épocas e gerações tiveram seus momentos, e para o bem ou para o mal, envelhecer é parte inexorável daqueles que ainda não morreram. Certamente outras gerações X, Y e Z virão e questionarão a geração anterior.
Aprender e conviver e entender o outro pode ser a chave do sucesso.