Mas o que é mesmo cidadania? Para que serve?
São perguntas recorrentes nas mentes massacradas recentemente pelas enormes tempestades que assolaram o Rio de Janeiro... e de repente, descobriu-se que nove favelas ou comunidades estão exatamente instaladas sobre lixões... e, portanto, são potencialmente áreas de risco...
A primeira providencia foi a retirada dos moradores para os abrigos que em sua maioria são escolas estaduais ou municipais... outra providencia além da remoção de entulhos, foi a demolição e retirada dos imóveis nas áreas afetas... se bem, que tal medida não é garantidora que outras famílias e pessoas novamente ocuparam as áreas e colocaram suas vidas em risco...
Também teve a providencia relativa a concessão de bolsa salário e a entrega de imóveis em conjuntos habitacionais do governo denominados PACs, e para queixume dos afetados tais moradias ofertadas estão há muito quilômetros distantes de suas moradias originais, impossibilitando, por exemplo, a manutenção das crianças nas escolas, e dos adultos em seus trabalhos...
Mas, pelo menos é a oferta de uma casa que oferece segurança e alguma dignidade possível.
Agora, passado o dilúvio, e esvaziando a arca de Noé imaginária, recrudescem os problemas sociais crônicos que foram os mesmos que levaram tais pessoas a serem moradores em tão precárias condições... falta de oportunidade laboral, falta de formação mínima educacional, falta de condições de higiene e, tantas outras faltas que nos fazem questionar...
Por que no meio de tanta perda, não perderam essa falta? Em alguns casos, as pessoas perderam todos seus documentos, todos seus entes queridos e, por fim, resta a caridade pública e as providencias governamentais... que cada vez mais paliativas não resolvem o problema, só adiam algumas conseqüências óbvias.
O que quero questionar com meu impertinente texto, é se outras medidas mais efetivas e profiláticas podem realmente ser tomadas, para evitar o eixo fatal da miséria, a falta de oportunidades, a falta de educação e possibilidade de ascensão social...
Será que o reassentamento urbano está correto? Será que a tragédia não poderia adimplir organização ao planejamento urbano... por que o Plano Diretor não abriga também a idéia de contenção das favelas, das encostas, da vegetação local e, assim, evitar mais desmoronamentos, mais soterramentos e, de novo jogar na lama, o direito de viver, sobreviver e de ter um futuro melhor. enfim, o direito de reerguer-se do charco da ignorância e da alienação.
Essa cidadania emergencial pós-dilúvio é paliativa... o controle do poder público sobre as áreas urbanas e sobre vidas humanas deve ser mais benéfico, do que apenas intervencionista e paternalista...
Afinal ser cidadão não é episódico e nem urgencial apenas... ser cidadão deve ser diário e rotineiro, e receber abrigo do Estado nas mais variadas frentes, podendo colaborar ativamente e progressivamente não só para o desenvolvimento pessoal como também para o desenvolvimento da cidade e numa projeção crescente da sociedade brasileira.
É vergonhoso admitir que ainda temos que construir a cidadania brasileira.
“Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem freio?”
São perguntas recorrentes nas mentes massacradas recentemente pelas enormes tempestades que assolaram o Rio de Janeiro... e de repente, descobriu-se que nove favelas ou comunidades estão exatamente instaladas sobre lixões... e, portanto, são potencialmente áreas de risco...
A primeira providencia foi a retirada dos moradores para os abrigos que em sua maioria são escolas estaduais ou municipais... outra providencia além da remoção de entulhos, foi a demolição e retirada dos imóveis nas áreas afetas... se bem, que tal medida não é garantidora que outras famílias e pessoas novamente ocuparam as áreas e colocaram suas vidas em risco...
Também teve a providencia relativa a concessão de bolsa salário e a entrega de imóveis em conjuntos habitacionais do governo denominados PACs, e para queixume dos afetados tais moradias ofertadas estão há muito quilômetros distantes de suas moradias originais, impossibilitando, por exemplo, a manutenção das crianças nas escolas, e dos adultos em seus trabalhos...
Mas, pelo menos é a oferta de uma casa que oferece segurança e alguma dignidade possível.
Agora, passado o dilúvio, e esvaziando a arca de Noé imaginária, recrudescem os problemas sociais crônicos que foram os mesmos que levaram tais pessoas a serem moradores em tão precárias condições... falta de oportunidade laboral, falta de formação mínima educacional, falta de condições de higiene e, tantas outras faltas que nos fazem questionar...
Por que no meio de tanta perda, não perderam essa falta? Em alguns casos, as pessoas perderam todos seus documentos, todos seus entes queridos e, por fim, resta a caridade pública e as providencias governamentais... que cada vez mais paliativas não resolvem o problema, só adiam algumas conseqüências óbvias.
O que quero questionar com meu impertinente texto, é se outras medidas mais efetivas e profiláticas podem realmente ser tomadas, para evitar o eixo fatal da miséria, a falta de oportunidades, a falta de educação e possibilidade de ascensão social...
Será que o reassentamento urbano está correto? Será que a tragédia não poderia adimplir organização ao planejamento urbano... por que o Plano Diretor não abriga também a idéia de contenção das favelas, das encostas, da vegetação local e, assim, evitar mais desmoronamentos, mais soterramentos e, de novo jogar na lama, o direito de viver, sobreviver e de ter um futuro melhor. enfim, o direito de reerguer-se do charco da ignorância e da alienação.
Essa cidadania emergencial pós-dilúvio é paliativa... o controle do poder público sobre as áreas urbanas e sobre vidas humanas deve ser mais benéfico, do que apenas intervencionista e paternalista...
Afinal ser cidadão não é episódico e nem urgencial apenas... ser cidadão deve ser diário e rotineiro, e receber abrigo do Estado nas mais variadas frentes, podendo colaborar ativamente e progressivamente não só para o desenvolvimento pessoal como também para o desenvolvimento da cidade e numa projeção crescente da sociedade brasileira.
É vergonhoso admitir que ainda temos que construir a cidadania brasileira.
“Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem freio?”