Violência cotidiana e escolar. parte 1
No cotidiano escolar, a violência se apresenta contra o patrimônio escolar, e se faz presente nas relações estabelecidas entre os alunos, e entre os professores e gestores.
A análise da violência deve ser feita a partir de uma reflexão sobre o processo de atribuição de identidades e afirmações de diferenças, o que, por sua vez, está relacionado ao processo de exclusão/inclusão simbólica dos jovens.
Na sociedade atual, o indivíduo tornou-se o centro. E toda a relação que se estabelece com o mundo trava-se a partir do seu eu. Há uma primazia do individual frente ao coletivo, um descrédito em relação aos movimentos sociais e uma despreocupação pelo espaço público.
Os indivíduos voltam-se ao seu eu. O mundo exterior, como diz Lasch, só interesse como fonte de gratificação ou frustração.
O indivíduo é fruto da história, de modo que essa centralidade do indivíduo está presente nas diferentes esferas de sua vida cotidiana, privada, profissional etc. A ideologia que domina os homens é da gratificação dos impulsos e da busca do prazer.
A ideia que está presente é que qualquer um pode ser o que quiser e ter sucesso sem esforço. A vida, então, resume-se na busca da boa saúde e do bem-estar por meio de exercícios, dietas, drogas e autoajuda. E, no cotidiano, o importante é o presente, o imediato, e estão os objetivos limitados e definidos.
As relações interpessoais são pautadas pelo benefício próprio. Espera-se o prazer imediato e gratificação imediata.
No século XX, a ética valorizada é a do meu desejo. A alegoria atual é o presente, o gozo, a busca do novo e do imediato.
O homem, hoje, busca um sentido para sua vida, deseja aprovação e reconhecimento, desconfia da competição, exalta a cooperação, o trabalho em equipe e o respeito às regras e regulamentos desde que não se apliquem a ele.
As pessoas vivem para o momento, para si e não para a posteridade. Há um horror à velhice e à morte.
O homem contemporâneo busca freneticamente um sentido para sua vida, deseja aprovação e reconhecimento, desconfia da competição, exalta a cooperação, o trabalho em equipe e o respeito às regras e regulamentos desde que não se apliquem a ele.
Há uma perda do sentido de continuidade histórica e pessoal, de geração passada que continua na geração futura. O consolo de continuarmos nos nossos filhos não serve mais; pelo contrário, os pais não devem viver por meio de seus filhos e deve adiar a paternidade.
A sensação é que a geração mais velha não tem nada a ensinar para as mais novas. Isso afeta a família. A geração seguinte não é apreendida como continuidade, de forma que mais vale o direito pessoal e a autossatisfação.
A sociedade de consumo enfatiza as escolhas de estilos de vida e de identidades e a satisfação imediata dos desejos. A publicidade indica estilos de vida, bens e conforto que devem ser almejados, tais como apartamentos, carros e determinadas formas de lazer.
A ideia é que o sucesso está aberto a todos e depende apenas do esforço pessoal, ou seja, do mérito próprio. Todos os estilos de vida são válidos e não há o direito de impor seu próprio julgamento moral ou suas próprias preferências aos outros.
Conforme alega Young, as pessoas vivem como se estivessem em um grande bazar, no qual a meta é a autorrealização que muitas vezes se liga a altas expectativas de sucesso material. A escolha é valorizada, e a tradição é desvalorizada, de forma que as pessoas não aceitam a autoridade da tradição e mesmo a da comunidade se forem contrárias aos seus ideais.
Na sociedade contemporânea não há mais identidade ou posição social predeterminada. E, hoje, as escolhas são maiores e a vida está menos baseada no trabalho.
Segundo Giddens as possibilidades de escolha permitidas pelo consumo, a flexibilidade do trabalho, o questionamento de crenças e certezas estabelecidas e pelo nível aumentado de reflexão sobre si mesmo, somadas à comparação com uma pluralidade de mundos e crenças, levam, entretanto, a uma insegurança ontológica, já que nossa autoidentidade não está mais baseada em uma continuidade biográfica e que o sentido de normalidade se desorienta pelo relativismo dos valores.
A partir de 1960 predominam preocupações pessoais, com o autocrescimento e autoexpressão. Há uma preocupação narcisista com o eu. A vida centra-se na busca da autossatisfação. As relações com os outros devem pautar-se pelo respeito à individualidade deles e pela ausência de crítica.
As pessoas voltam-se para seu próprio ego. A realidade é compreendida pelas imagens do eu e o outro é mero espelho desse eu. A personalidade coletiva é construída por revelações mútuas e fundamentada nos vínculos emocionais estabelecidos entre as pessoas.
Tudo isso determina uma sociedade intimista, na qual personalidades narcisistas se desenvolvem. Para o eu narcisista, o que importa são as intenções, como o indivíduo se sente a respeito de alguma coisa, e não seus atos ou ações, pois o narcisismo "é uma obsessão com aquilo que esta pessoa, este acontecimento significam para mim".
Para Lasch, a cultura, organizada em torno do consumo de massa, estimula o narcisismo, ou seja, a disposição de ver o mundo como um espelho.
As relações pessoais são instáveis e precárias. Na sociedade contemporânea, compete-se pela aprovação e concebe-se que o progresso depende da força de vontade, de autoconfiança, da iniciativa, do magnetismo pessoal, de administrar as relações interpessoais e de vender uma imagem.
A autoaprovação depende do reconhecimento público. A ideia é ser invejado ou invejável e não respeitado ou respeitável. O indivíduo avalia-se frente aos outros e vê a si próprio pelos olhos dos outros; a autoimagem projetada é mais importante.
A sociedade atual é a sociedade do espetáculo, dominada pela aparência. O modelo ideal de relação é a relação entre iguais entre pares, que não fazem exigências, que nada pedem, tudo compreendem e perdoam.
Nessa sociedade, em que as coisas se tornam descartáveis e as relações entre os indivíduos se pautam por serem igualitárias, em que, por princípio, nada é imposto e tudo é questionável, inclusive os valores e normas sociais. As relações humanas tornam-se também descartáveis.
Na sociedade de consumo, as coisas perdem sua continuidade. E ser consumidor indica a possibilidade de escolher. E os indivíduos são livres para escolher o modo de vida que lhes agrade.
Entretanto, uma escolha não impede a outra e se pode escolher tudo ao mesmo tempo, pois a liberdade de escolha significa deixar as opções em aberto.
A ideologia que registra as necessidades do século XX, exemplificada pelo casamento aberto e pelas relações sem compromisso, é a dos compromissos não obrigatórios e das relações abertas onde qualquer expectativa, padrão ou código de conduta é visto como irreal.
O amor sob a égide da abnegação e lealdade é encarado como opressivo. As identidades são adotadas e descartadas como se troca de roupa. As escolhas feitas são vistas e revistas: amigos, amantes, carreiras, etc.
Vivemos hoje sob a tirania das relações e ser próximo e aberto é a expectativa. Cada um se torna mais rico emocionalmente quando aprende a confiar, a ser aberto aos outros, a partilhar os sentimentos. A intimidade significa calor, confiança e expressão aberta de sentimentos.
Desta forma, o indivíduo examina-se constantemente na busca de autenticidade. Nada é real se eu não puder sentir e os sentimentos têm de ser expresso, mesmo a custa do respeito à individualidade do outro.
A angústia vem do sentimento de vazia, da incapacidade de sentir. Nessa busca de autenticidade, as pessoas questionam constantemente os próprios sentimentos para ver se o que sentem representa o real, isto é, se o que sentem é verdadeiro.
Como disse Sennett a pergunta constantemente feita é: Será que aquilo que demonstro é realmente aquilo que sou?
A busca de autenticidade está associada à suposição de que os males da sociedade provêm da impessoalidade, da alienação e da frieza. A crença predominante é que a aproximação entre as pessoas é um bem moral. Tentamos libertar-nos da repressão vitoriana, sendo mais diretos e abertos e mais autênticos nas relações com os outros. Há uma busca de autorrealização na vida cotidiana e o impessoal, para interessar, deve tornar-se pessoal.
O domínio público é abandonado quando percebido como sem sentido pessoal. Na política, líderes carismáticos buscam destruir o distanciamento entre seus próprios sentimentos e os da plateia, de forma que as pessoas se concentrem em suas motivações.
Com isso, os sentimentos não são mais refreados. O pressuposto é que os relacionamentos sociais são mais reais e autênticos quanto mais próximos estiverem das preocupações interiores.
A aparência deve representar aquilo que a pessoa é, diferentemente do postulado por Goffman sobre a representação do eu na vida cotidiana.
O ideal é que as barreiras nas comunicações interpessoais sejam rompidas, embora, conforme afirma Lasch, a sociedade intimista não consiga manter esse ideal e acabe promovendo o colapso da intimidade, como pode ser verificado pelos casamentos abertos.
Todas essas transformações constroem, segundo Lasch, um tipo de indivíduo qualificado ora como cooperativo e esclarecido, e ora como egoísta, hedonista e competitivo.
De um lado, o declínio do homem econômico e a ascensão do homem psicológico pressagiam um bom futuro, mas de outro, as pessoas só pensam em ter privilégios, em ter seus direitos assegurados, mas sem assumir obrigações.
Afirma-se que a sociedade de consumo reforça o individualismo e a competição, contribuindo para desenvolver e construir personalidades narcisistas, indiferentes à vida pública e voltadas ao hedonismo privado.
Estar focado em si mesmo contribui para que as pessoas se tornem insensíveis ao outro e sem sentimentos de culpa.
Os projetos de vida se centram na agressividade, na competição, na negação de sentimentos de solidariedade e de respeito ao outro, pois lhe são indiferentes.
Isso tudo configura um tipo de relação entre as pessoas que é peculiar da sociedade contemporânea. Em uma sociedade na qual tudo é possível, na qual os estilos de vida podem ser mudados e as regras constantemente substituídas e renegociadas, o suposto é que a tolerância ao outro deve nortear as relações entre as pessoas.
No cotidiano escolar, a violência se apresenta contra o patrimônio escolar, e se faz presente nas relações estabelecidas entre os alunos, e entre os professores e gestores.
A análise da violência deve ser feita a partir de uma reflexão sobre o processo de atribuição de identidades e afirmações de diferenças, o que, por sua vez, está relacionado ao processo de exclusão/inclusão simbólica dos jovens.
Na sociedade atual, o indivíduo tornou-se o centro. E toda a relação que se estabelece com o mundo trava-se a partir do seu eu. Há uma primazia do individual frente ao coletivo, um descrédito em relação aos movimentos sociais e uma despreocupação pelo espaço público.
Os indivíduos voltam-se ao seu eu. O mundo exterior, como diz Lasch, só interesse como fonte de gratificação ou frustração.
O indivíduo é fruto da história, de modo que essa centralidade do indivíduo está presente nas diferentes esferas de sua vida cotidiana, privada, profissional etc. A ideologia que domina os homens é da gratificação dos impulsos e da busca do prazer.
A ideia que está presente é que qualquer um pode ser o que quiser e ter sucesso sem esforço. A vida, então, resume-se na busca da boa saúde e do bem-estar por meio de exercícios, dietas, drogas e autoajuda. E, no cotidiano, o importante é o presente, o imediato, e estão os objetivos limitados e definidos.
As relações interpessoais são pautadas pelo benefício próprio. Espera-se o prazer imediato e gratificação imediata.
No século XX, a ética valorizada é a do meu desejo. A alegoria atual é o presente, o gozo, a busca do novo e do imediato.
O homem, hoje, busca um sentido para sua vida, deseja aprovação e reconhecimento, desconfia da competição, exalta a cooperação, o trabalho em equipe e o respeito às regras e regulamentos desde que não se apliquem a ele.
As pessoas vivem para o momento, para si e não para a posteridade. Há um horror à velhice e à morte.
O homem contemporâneo busca freneticamente um sentido para sua vida, deseja aprovação e reconhecimento, desconfia da competição, exalta a cooperação, o trabalho em equipe e o respeito às regras e regulamentos desde que não se apliquem a ele.
Há uma perda do sentido de continuidade histórica e pessoal, de geração passada que continua na geração futura. O consolo de continuarmos nos nossos filhos não serve mais; pelo contrário, os pais não devem viver por meio de seus filhos e deve adiar a paternidade.
A sensação é que a geração mais velha não tem nada a ensinar para as mais novas. Isso afeta a família. A geração seguinte não é apreendida como continuidade, de forma que mais vale o direito pessoal e a autossatisfação.
A sociedade de consumo enfatiza as escolhas de estilos de vida e de identidades e a satisfação imediata dos desejos. A publicidade indica estilos de vida, bens e conforto que devem ser almejados, tais como apartamentos, carros e determinadas formas de lazer.
A ideia é que o sucesso está aberto a todos e depende apenas do esforço pessoal, ou seja, do mérito próprio. Todos os estilos de vida são válidos e não há o direito de impor seu próprio julgamento moral ou suas próprias preferências aos outros.
Conforme alega Young, as pessoas vivem como se estivessem em um grande bazar, no qual a meta é a autorrealização que muitas vezes se liga a altas expectativas de sucesso material. A escolha é valorizada, e a tradição é desvalorizada, de forma que as pessoas não aceitam a autoridade da tradição e mesmo a da comunidade se forem contrárias aos seus ideais.
Na sociedade contemporânea não há mais identidade ou posição social predeterminada. E, hoje, as escolhas são maiores e a vida está menos baseada no trabalho.
Segundo Giddens as possibilidades de escolha permitidas pelo consumo, a flexibilidade do trabalho, o questionamento de crenças e certezas estabelecidas e pelo nível aumentado de reflexão sobre si mesmo, somadas à comparação com uma pluralidade de mundos e crenças, levam, entretanto, a uma insegurança ontológica, já que nossa autoidentidade não está mais baseada em uma continuidade biográfica e que o sentido de normalidade se desorienta pelo relativismo dos valores.
A partir de 1960 predominam preocupações pessoais, com o autocrescimento e autoexpressão. Há uma preocupação narcisista com o eu. A vida centra-se na busca da autossatisfação. As relações com os outros devem pautar-se pelo respeito à individualidade deles e pela ausência de crítica.
As pessoas voltam-se para seu próprio ego. A realidade é compreendida pelas imagens do eu e o outro é mero espelho desse eu. A personalidade coletiva é construída por revelações mútuas e fundamentada nos vínculos emocionais estabelecidos entre as pessoas.
Tudo isso determina uma sociedade intimista, na qual personalidades narcisistas se desenvolvem. Para o eu narcisista, o que importa são as intenções, como o indivíduo se sente a respeito de alguma coisa, e não seus atos ou ações, pois o narcisismo "é uma obsessão com aquilo que esta pessoa, este acontecimento significam para mim".
Para Lasch, a cultura, organizada em torno do consumo de massa, estimula o narcisismo, ou seja, a disposição de ver o mundo como um espelho.
As relações pessoais são instáveis e precárias. Na sociedade contemporânea, compete-se pela aprovação e concebe-se que o progresso depende da força de vontade, de autoconfiança, da iniciativa, do magnetismo pessoal, de administrar as relações interpessoais e de vender uma imagem.
A autoaprovação depende do reconhecimento público. A ideia é ser invejado ou invejável e não respeitado ou respeitável. O indivíduo avalia-se frente aos outros e vê a si próprio pelos olhos dos outros; a autoimagem projetada é mais importante.
A sociedade atual é a sociedade do espetáculo, dominada pela aparência. O modelo ideal de relação é a relação entre iguais entre pares, que não fazem exigências, que nada pedem, tudo compreendem e perdoam.
Nessa sociedade, em que as coisas se tornam descartáveis e as relações entre os indivíduos se pautam por serem igualitárias, em que, por princípio, nada é imposto e tudo é questionável, inclusive os valores e normas sociais. As relações humanas tornam-se também descartáveis.
Na sociedade de consumo, as coisas perdem sua continuidade. E ser consumidor indica a possibilidade de escolher. E os indivíduos são livres para escolher o modo de vida que lhes agrade.
Entretanto, uma escolha não impede a outra e se pode escolher tudo ao mesmo tempo, pois a liberdade de escolha significa deixar as opções em aberto.
A ideologia que registra as necessidades do século XX, exemplificada pelo casamento aberto e pelas relações sem compromisso, é a dos compromissos não obrigatórios e das relações abertas onde qualquer expectativa, padrão ou código de conduta é visto como irreal.
O amor sob a égide da abnegação e lealdade é encarado como opressivo. As identidades são adotadas e descartadas como se troca de roupa. As escolhas feitas são vistas e revistas: amigos, amantes, carreiras, etc.
Vivemos hoje sob a tirania das relações e ser próximo e aberto é a expectativa. Cada um se torna mais rico emocionalmente quando aprende a confiar, a ser aberto aos outros, a partilhar os sentimentos. A intimidade significa calor, confiança e expressão aberta de sentimentos.
Desta forma, o indivíduo examina-se constantemente na busca de autenticidade. Nada é real se eu não puder sentir e os sentimentos têm de ser expresso, mesmo a custa do respeito à individualidade do outro.
A angústia vem do sentimento de vazia, da incapacidade de sentir. Nessa busca de autenticidade, as pessoas questionam constantemente os próprios sentimentos para ver se o que sentem representa o real, isto é, se o que sentem é verdadeiro.
Como disse Sennett a pergunta constantemente feita é: Será que aquilo que demonstro é realmente aquilo que sou?
A busca de autenticidade está associada à suposição de que os males da sociedade provêm da impessoalidade, da alienação e da frieza. A crença predominante é que a aproximação entre as pessoas é um bem moral. Tentamos libertar-nos da repressão vitoriana, sendo mais diretos e abertos e mais autênticos nas relações com os outros. Há uma busca de autorrealização na vida cotidiana e o impessoal, para interessar, deve tornar-se pessoal.
O domínio público é abandonado quando percebido como sem sentido pessoal. Na política, líderes carismáticos buscam destruir o distanciamento entre seus próprios sentimentos e os da plateia, de forma que as pessoas se concentrem em suas motivações.
Com isso, os sentimentos não são mais refreados. O pressuposto é que os relacionamentos sociais são mais reais e autênticos quanto mais próximos estiverem das preocupações interiores.
A aparência deve representar aquilo que a pessoa é, diferentemente do postulado por Goffman sobre a representação do eu na vida cotidiana.
O ideal é que as barreiras nas comunicações interpessoais sejam rompidas, embora, conforme afirma Lasch, a sociedade intimista não consiga manter esse ideal e acabe promovendo o colapso da intimidade, como pode ser verificado pelos casamentos abertos.
Todas essas transformações constroem, segundo Lasch, um tipo de indivíduo qualificado ora como cooperativo e esclarecido, e ora como egoísta, hedonista e competitivo.
De um lado, o declínio do homem econômico e a ascensão do homem psicológico pressagiam um bom futuro, mas de outro, as pessoas só pensam em ter privilégios, em ter seus direitos assegurados, mas sem assumir obrigações.
Afirma-se que a sociedade de consumo reforça o individualismo e a competição, contribuindo para desenvolver e construir personalidades narcisistas, indiferentes à vida pública e voltadas ao hedonismo privado.
Estar focado em si mesmo contribui para que as pessoas se tornem insensíveis ao outro e sem sentimentos de culpa.
Os projetos de vida se centram na agressividade, na competição, na negação de sentimentos de solidariedade e de respeito ao outro, pois lhe são indiferentes.
Isso tudo configura um tipo de relação entre as pessoas que é peculiar da sociedade contemporânea. Em uma sociedade na qual tudo é possível, na qual os estilos de vida podem ser mudados e as regras constantemente substituídas e renegociadas, o suposto é que a tolerância ao outro deve nortear as relações entre as pessoas.