PARA QUE SERVE ...

Nadir Silveira Dias

Ainda na temática financeira, lembro-me de algo que talvez possa ser uma reclamação dos bancos.

Assim, embora não seja comum reclamarem de que andam mal, que não estão bem, de que não obtêm lucros, quando o fazem é para reclamar da Justiça que não julga rapidamente as ações que intentam contra os seus clientes relapsos que não pagam no prazo os contratos assumidos.

Bom mesmo seria se houvesse consciência de todos para que num dia, ou numa semana qualquer, ninguém pagasse qualquer conta, qualquer luz, qualquer gás. Mas absolutamente ninguém, mesmo, que aí veríamos se o gigante não viria a pedir salvas para o pigmeu.

Sim, porque vivemos e somos todos submetidos a uma condição perversa na qual o que pode menos é sempre aquele que enche as burras daqueles que pouco ou nada pagam de impostos. Ainda que, nesse ponto, o governo também não seja exemplo para quem quer que seja.

Em outras palavras, a União, os Estados-membros e os Municípios, recolhem uma enormidade de tributos de todas as categorias, além de todo o tipo de taxas, e devolvem praticamente nada ao contribuinte.

Consomem quase a totalidade dos recursos no elemento-meio, que é a gestão do Estado, a gestão do Poder Público, quando devem ater-se todas essas esferas de poder ao seu elemento-fim, que é fazer o bem comum do povo, mediante a adequada solução da habitação, segurança, saúde, transporte, educação, emprego, cultura e lazer.

Se não for assim, não tem sido, e não é, para que serve o Estado? Para servir-se do povo? Não, sua função não é esta. É para servir ao povo que o sustém!

Fora disso, tudo o mais é falácia, é discursório fajuto! Pense nisso, você pode mudar tudo!

Escritor e Advogado - nadirsdias@yahoo.com.br

Nadir Silveira Dias
Enviado por Nadir Silveira Dias em 24/08/2005
Reeditado em 15/09/2005
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