NÃO EXISTEM INOCENTES

* Nadir Silveira Dias

O que precisa estar no topo de qualquer atividade é a relação humana. A boa relação humana. A excelência na relação humana. Porque é apenas isso que vale. É apenas isso que deve interessar para qualquer ser pensante. Todo o resto é consequência. Apenas e tão somente o que se lhe segue.

Quando isso não acontece - e há muito tempo isso vem ficando cada vez pior – o que existe, o que sobra, é o desprezo pelo ser humano. É o desprezo pela vida.

E vida não se despreza. Vida é produção do Criador. Vida é produto divino. Vida é para ser agraciada. Com todos os louvores. Não existe pra ser massa de manobra de quaisquer interesses privados, públicos, ou de grupos.

Por isso, e cada vez mais, a ocorrência de tragédias que poderiam ser evitadas ou, ao menos, minimizadas. E não existem inocentes. Existem, sim, culpas em múltiplos, mínimos, variados, e gradativos graus. E, por certo, alguns culpados certos. Outros incertos, mas não inexistentes.

E não é possível começar qualquer raciocínio sem o poder público. Esse poder titulado pelo dito Estado Soberano de Direito que mais se afigura a um Estado Tirano de Direito. E basta responder perguntas muito simples para saber da correção ou incorreção da assertiva.

O leitor está satisfeito com o que paga para ser tutelado pelo Estado? O contribuinte obtém do Estado o que garantem as leis que o próprio Estado cria? O cidadão está feliz com o tratamento que recebe do poder fiscal? O cidadão está feliz com o tratamento que recebe do poder econômico chancelado pelo Poder Público, ou Estado Soberano de Direito?

E as pessoas, a sociedade, agem bem diante disso? A resposta é sabida. As pessoas não passam bem por isso. E isso piora a vida de todos.

Para que tudo melhore é preciso repensar a vida que vivemos. E é minimamente preciso que a lei represente o direito, o direito represente a justiça, e a justiça seja o patamar soberano do Estado.

E mais ainda: Que não existam leis insanas e que a lei seja cumprida por todos, para todos!

29.01.2013 - 12h15min

* Jurista e Escritor - nadirsdias@yahoo.com.br

Nadir Silveira Dias
Enviado por Nadir Silveira Dias em 07/02/2013
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