VIOLENCIA E CRIMINALIDADE INFANTIL.
*Resenha do Curso Analise da Violência e Criminalidade Infantil, do site Buzzero.com
De quem é a culpa?
Não pode-se culpar os pais, a sociedade, a televisão, ou a escola apenas, pois, todos são corresponsáveis por este fenômeno, seja com erros ou omissões.
A educação começa dentro de casa no seio familiar.
Não pode se ensinar o que nunca se aprendeu, nem compensar o que nunca se teve dando tudo sem limites, ou apelando para uma repressão excessiva.
A excessiva permissividade deixou o jovem desorientado, e inseguro pois junto com a liberdade veio a falta de orientação.
Todos se encontram envolvidos no problema, pais, escola, professores, policiais, governo, etc.
Antigamente os filhos não se sentiam amados pela falta de liberdade, hoje em dia não se sentem amados pela falta de dedicação dos pais.
É função dos pais (adulto) orientar, educar e dar limites, missão esta que é indelegável.
Esta falta de limites pode ser um dos fatores de tanta agressividade, e frustração; mas precisamos diferenciar autoridade de autoritarismo.
A autoridade tem que ser exercida por quem tem experiência, mas principalmente pelo exemplo. Já o autoritarismo é exercido através de coação, e violência física.
Cada indivíduo possui uma historia de vida, que interfere no seu desejo de aprender, e sua forma de vincular seu conhecimento ao sentimento, e é na conduta interpessoal, e no convívio grupal que revelará o resultado do comportamento apresentado.
Na falta de orientação dentro de casa, a criança e o adolescente buscam orientação através dos amigos e da mídia, o que faz com que os próprios pais não saibam o que fazer no momento de assumir sua responsabilidade pelos atos violentos dos filhos.
Há pais que perguntam onde é que eraram e outro que não aceitam sua parcela de culpa, tentando culpa causas fora da família.
Um estudo da organização Americana Safe Schools Safe students (Escolas seguras, alunos seguros), constatou após uma pesquisa em 12 países, que 80% dos alunos já foram agredidos de alguma forma. E que a violência nas escolas não terá solução enquanto não se tratar adequadamente a violência na sociedade.
O que leva as crianças e adolescente a apresentarem atitudes violentas, vandalismo; e uso de drogas?
Para Barlett (2007), Lourenço (2008), Souki (1998), apenas receber uma carga de conhecimento de maneira impessoal não estabelece uma relação entre aprendizado e sua vida.
A formação cultural das novas gerações deve transmitir valores éticos indispensáveis ao convívio social e trabalhar a relação com outras formas de vida, como animais e plantas.
A violência esta relacionada com a historia de vida, e pode refletir um ambiente familiar violento. E agredir seres inocentes mais frágeis, pode ser uma válvula de escape para essas crianças expurgarem suas frustrações, complexos, agressividade e insegurança.
Segundo Souki (1998) : quando falta resposta a qualquer questionamento de um adolescente ele carrega consigo uma imensa carga de duvidas, incertezas, inseguranças, que se transformam em ansiedade, agressividade e violência.
Lourenço (2008): explana que o adolescente pode praticar crueldades contra animais como se estivesse tentando extravasar, de maneira agressiva, suas angustias internas, transferindo para seres mais frágeis e indefesos o que gostaria de fazer contra os verdadeiros culpados de sua insatisfação.
Osorio (1998): diz que o adolescente de hoje experimenta profunda tristeza e os pais não tem o devido tempo para pensar, sentir e entender esta tristeza. Assim uns mergulham no álcool, nas drogas, e praticam pequenos delitos, agridem animais, pois o que importa é ser perverso.
Crueldade e frieza demonstram uma necessidade de um contato maior com os pais (afeto), irmãos, professores e até colegas.
A luta interna entre os fatores econômicos, culturais, sociais, familiares, pessoais e institucionais tornam cada vez mais complexa a interação entre estes jovens e sociedade.
Para Souki (98) Osorio (89) e Lourenço (2008), é precioso despertar o jovem, não apenas com palavras bonitas, mas com ações que de fato traduzam troca de afeto, aceitação e confiança, responsabilidade, aceitação, responsabilidade, cooperação e solidariedade.
O respeito e o dialogo são as bases da construção da cidadania. E estabelecer um elo de amor com a sociedade, a família, e a escola, inclui transformar nossas reações negativas em positivas.
A maneira com que o indivíduo interage com a realidade externa defini seu comportamento, e sua personalidade.
O adulto funciona como mediador do conhecimento, e deve estimular o desejo de aprender da criança.
O resgate de valores sociais e éticos, é fundamental para a formação plena do cidadão.
A aprendizagem é um processo continuo e permanente, que necessita de constante motivação por parte dos educadores.
È na adolescência que o indivíduo se prepara para desempenhar suas funções sociais.
Souki (98) diz que: se bem orientado o adolescente poderá buscar sua identidade, sem se violentar ou violentar os outros, sem envolver em crimes ou situações desagradáveis. Tudo é uma questão de educação e educação começa na infância.
Nos estados unidos certos estados adotam a lei do “Felony Level, ou seja mesmo nivel de crime dos que cometem assassinato, ou estupro, sujeitos a penas iguais a dos adultos, por cometerem crimes graves.
CRUELDADE CONTRA ANIMAIS- DISTURBIO PSIQUIATRICO
Se dividi em ativa (comissão), passiva (omissão).
A crueldade ativa, é sinal de transtorno psicológicos sérios, associados a comportamento sociopatico.
A crueldade passiva, são os casos de negligencia, abandono que causam dor ou sofrimento ao animal.
Segundo estudos, pessoas que abusam de animais, tem 5 x mais chances de cometerem crimes contra outras pessoas.
A associação psiquiátrica Americana, considera crueldade contra animal um dos fatores de diagnostico, para o distúrbio de conduta.
Abusar de animal é forma de demonstrar poder, torturar e subjugar as vitimas de modo que não possam se defender. Assim como estupro de vulnerável (abusar, de alguém que não pode se defender).
Então a linha que separa alguém que abusa de um animal, para alguém que abusa de outro ser humano é muito tênue.
Normalmente não se da a devida importância a ocorrência envolvendo violência contra animais, mas para profissionais da área de saúde mental, acreditam que este sejam um forte traço, para futuros atos de violência contra pessoas.
A crueldade contra os animais esta relacionada a falta de empatia para com os outros, e gera um desvio de comportamento com baixa tolerância com a frustração, e descarga de agressividade. Este transtorno se inicia na infância, segue na adolescência e se segue pela vida adulta. Que deve ser diagnosticada até os 18, pois, se não pode gerar comportamento anti-social na vida adulta, com desdobramento em envolvimento criminal.
Esses indivíduos culpam as vitimas, pelos seus atos, por serem fracas e terem o que merecem; podem ainda desenvolver um egocentrismo exageradamente patológico, além de emoções teatrais, com falsidade e dissimulação. São indivíduos que roubam estupram, manipulam sem qualquer vergonha ou culpa. Costuma fingir arrependimento quando descobertos, sendo dotados de grande dom artístico para disfarçar as características de sua personalidade sociopata.
Segundo Ballone (2005)- Manual diagnostico e estatístico de Doenças mentais: existem 3 tipos de transtornos de conduta:
1. conduta agressiva, capaz de ameaçar e de causar danos físicos a pessoa e animais;
2. conduta causadora de danos a propriedade;
3. furto e serie de violações de regras
ainda segundo Ballone, outra característica destes jovens delinquentes é de serem fisicamente cruéis com pessoas e animais. Desta forma a violência física não contida na infância pode assumir a forma de estrupo, homicídio, além de vandalismo e todo tipo de agressão a sociedade.
Conforme Ballone, o transtorno de conduta (sociopatia infantil) se incia antes dos 13 anos de idade.
Para diagnostico alguns dos principais comportamentos validos são:
1. crueldade com animais
2. excesso de brigas
3. mentiras rápidas
4. destruição de propriedades
5. desobediência persistente
6. comportamento desafiador.
Ballone alerta que crianças sociopatas são aparentemente imunes a punição dos pais, e nem a dor física ou “palmada” adianta para alterar seu comportamento indesejável. A desistência dos pais achando que não há jeito, só faz a situação piorar.
Dentro da psiquiatria da infância e adolescência um dos quadros mais problemáticos é justamento o transtorno de conduta sociopata, por situar-se nos limites da psiquiatria com a moral e ética, além dos aspectos políticos em torno da delinquência infantil e juvenil. Causando sérios prejuízos ao funcionamento social, acadêmico, e ocupacional, favorecendo um circulo vicioso de conduta.
Essas crianças com comportamento precocemente violento reagem agressivamente a tudo e a todos, supervalorizando o seu prazer em detrimento do bem estar alheiro.
UM PROCESSO DE ENSINO PARA O EXERCICIO DA CIDADANIA.
A educação compreende aspectos sociais, políticos, econômicos, psicológicos e culturais, a ponto da pedagogia necessitar recorrer a outras ciências como a história, a filosofia, a sociologia, a psicologia, a economia.
É preciso orientar e incentivar no processo de educação a aprendizagem, para levar o indivíduo a raciocinar, desenvolver sua capacidade de reflexão com base na motivação.
Aprendizagem é uma relação entre o sujeito e os objetos do conhecimento.
Para Souki (1998) os processos sociais implicam dimensões politicas, ideológicas, éticas e pedagógicas, e é preciso ampliar a capacidade mental para desenvolver o pensamento, levando uma participação mais democrática na sociedade, o que inclui a relação com outros seres.
Segundo Denise (2010) é no ambiente familiar o local em que jovem, presencia desde o nascimento, o exercício da “ausência de pensamento”, passada pelos pais e pelos primeiros educadores.
Onde desde a pré-escola, o homem é colocado como a medida de todas as coisas, principalmente do homem branco e burgues. Onde que não é humano é recurso para beneficio humano. Sendo a escola não só confirmadora destas ideias, como reprodutora da desigualdade (e se orgulha disso), da dominação humana sobre a natureza. Sendo que todas as disciplinas reproduzem a visão especista e capitalista que domina todas as forma de vida não humana, como mercadoria e recurso.
Lourenço (2008)- diz que a partir de uma nova geração, teremos a mudança do paradigma cartesiano para uma ciência que respeita a vida, rompendo o padrão moral tradicional.
Os direitos dos animais trazem para o campo pedagógico a necessidade de um ensino pautado na lógica e na moral.
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