Paradoxo Do Direito
Aproveitando a deixa do escritor Landro Oviedo, no texto "Direito e Justiça", aqui no RL, desenvolvi a seguinte reflexão:
Exceto nos Juizados de Pequenas Causas, todo cidadão que queira entrar com uma ação na Justiça, tem que ser através de um advogado. A explicação subjacente, óbvia até, é a de que uma pessoa comum ou leiga na área não compreenda ou não conheça suficientemente bem seus direitos e deveres. Ou pensamos assim, ou concluimos necessariamente ser tal exigência puro capricho do Direito.
O paradoxal: Esse mesmo Direito nega ao cidadão o "argumento" do desconhecimento da lei quando esta é infrigida.
Se o cidadão "conhece" a lei por obrigação, como o impedir de ele defender seus direitos sem assistência advocatícia? Será que essa exigência não é exatamente o recohecimento de que é impossível a uma pessoa leiga entender um assunto tão intricado e hermético.
De uma forma ou de outra, percebe-se haver muita hipocrisia nesse imbróglio todo que envolve o Direito e a Justiça.