O Código do Poema

Art. 3,14: Ninguém possui o direito de usar, gozar ou dispor de uma pessoa, tampouco pode reavê-la. Os seres humanos não são passíveis nem de detenção nem de posse.

Poder poder...

Será que pode

Fazer posse

De uma pessoa?

Pessoalmente,

Penso que não...

Não é LEGAL

Fazer uma pessoa

De posse.

Liberdade é um direito REAL

Que só os tolos ignoram.

Querer ter poder

Sobre o coração

É ingenuidade!

“Eu posso

Chamar-lhe MINHA,

Dizer-lhe MEU”!

Brada o seguidor

Da postura mesquinha

Que transforma o amor

Numa ninharia.

Vós comprais o amor?

Tens a escritura

Lavrada em cartório

De registro público?

Queres gravar com ferro em brasa

Na pele do amado

(No pêlo da amada)

A marca do teu nome?

Fazes cativeiro

Em busca daquilo

Que só existe livre...

Poder poder...

Não posso com a posse pueril,

Nem com a propriedade humana.

O DOMÍNIO do apaixonado

Sobre o objeto do seu desejo

Não pode ser imposto...

Deve ser cedido!

Aquelas algemas que adornam os dedos...

Jefferson Flauzino
Enviado por Jefferson Flauzino em 31/12/2010
Código do texto: T2701538
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