O Código do Poema
Art. 3,14: Ninguém possui o direito de usar, gozar ou dispor de uma pessoa, tampouco pode reavê-la. Os seres humanos não são passíveis nem de detenção nem de posse.
Poder poder...
Será que pode
Fazer posse
De uma pessoa?
Pessoalmente,
Penso que não...
Não é LEGAL
Fazer uma pessoa
De posse.
Liberdade é um direito REAL
Que só os tolos ignoram.
Querer ter poder
Sobre o coração
É ingenuidade!
“Eu posso
Chamar-lhe MINHA,
Dizer-lhe MEU”!
Brada o seguidor
Da postura mesquinha
Que transforma o amor
Numa ninharia.
Vós comprais o amor?
Tens a escritura
Lavrada em cartório
De registro público?
Queres gravar com ferro em brasa
Na pele do amado
(No pêlo da amada)
A marca do teu nome?
Fazes cativeiro
Em busca daquilo
Que só existe livre...
Poder poder...
Não posso com a posse pueril,
Nem com a propriedade humana.
O DOMÍNIO do apaixonado
Sobre o objeto do seu desejo
Não pode ser imposto...
Deve ser cedido!
Aquelas algemas que adornam os dedos...