JUÍZA COVARDE

JUÍZA COVARDE

(EliozanI Miranda Costa, 13/03/10)

Excelentíssima Senhora Doutora juíza, que minha causa não soube julgar,

Veio minha vida atrapalhar, colocando-me nesta situação;

Vossa Excelência nem imagina, nunca parou para pensar,

Não conhecendo o meu lar, condenou-me sem razão;

V. Ex.ª sem nenhuma noção do perigo, embasou-se em conversa fiada,

Aceitou testemunha forjada, e as minhas verdades, foram em vão;

Foi muito grande a covardia, tento esquecer, mas não consigo,

Do que V. Ex.ª fez comigo, colocando-me nesta prisão;

Hoje sou condenado, por crime que não cometi,

Não ameacei, não matei, nem bati, ninguém deu valor a minha versão;

Eu falei para sua testemunha mentir mais, V. Ex.ª preferiu acreditar no trapasse, e ordenando que eu calasse, tratou-me como um cão;

Quem poderia fazer que eu calasse, perante mentiras e covardia?

Jamais esquecerei esse dia, Excelentíssima Juíza, de parcial visão;

Muita gente de nada entende, e se dizem serem doutores,

Mas nem sabem que os neurotransmissores, é que controlam a emoção;

Estou falando dos mensageiros principais, à um deu-se o nome de serotonina, ao outro, norepinefrina, reguladores do equilíbrio em questão;

Ter oportunidade na vida, pode ser questão de tempo,

Quem tá fora uma hora pode ficar dentro, é fruto da dedicação;

É para isso que estou estudando, e se um dia eu chegar lá,

Para V. Ex.ª vou mostrar, que Juiz que não é covarde, julga com retidão.