Clitóris arrancados e Estupros: Violências do mundo moderno!

Até o ano de 2007 eu relutei bastante para aceitar em ser membro da Anistia Internacional; somente após começar a escrever sobre a política internacional foi que eu abri minha cabeça para a importância máxima de estarmos sempre alertas para os perigos que os déspotas que lotam o mundo impõem através de suas afiadas baionetas e suas leis que somente protegem seus próprios interesses.

Após eu ter recebido cartas estapafúrdias de algumas embaixadas como a do Irã, foi o sinal para que eu me inteirasse ainda mais sobre os temas defendidos por esta instituição de caráter irrefragável e de utilidade pública internacional. Hoje, não só leio e interpreto seus relatórios, como também a divulgo e comento suas ações; o fato de ser membro permanente não me fez uma pessoa recém ativa aos cuidados das torturas, prisões e mortes banais, isso apenas aguçou o meu senso de cobrança pela verdadeira justiça!

Todo ser humano que viva numa nação civilizada, precisa ser julgado quando os seus atos fogem a normalidade de um povo; quando há a transgressão das leis locais ou até mesmo das leis mundiais, seu infrator paga o preço do julgamento atilado, desde quando o ato de julgar esteja embasado por um conjunto de leis plausíveis, admitidas por pelo menos maioria das outras comunidades. Traduzindo em miúdos, a justiça deve ser cega, mas não pode ser jamais surda, muito menos muda e o que vemos em muitos lugares é que ela é também aleijada e completamente analfabeta, tendenciosa e execrável!

Existem nações e algumas ainda se afirmam como democráticas, que praticam atos selvagens contra seu povo e utiliza da barbárie como constituição nacional, que julga ao bel prazer todo aquele que vai de encontro com as resoluções impostas pelo sistema que a administra; algumas destas nações possuem um sujeito de baixíssimo nível intelectual que adota atos selvagens para impor as regras, caso específico da Coréia do Norte, Líbia, Cuba e Sudão; da mesma forma que também há outras nações que praticam os mesmos atos, só que no comando não há uma única pessoa covarde e sim um conjunto de malfeitores inúteis que também administram a partir da tirania, neste caso a China, Irã e mais um punhado de outras.

Na prática tirana de julgar alguém, aplicando-lhe o máximo de rigor, que é a pena de morte, há também nações civilizadas, reconhecidamente democráticas, como os Estados Unidos da América, que ainda são alvos de descobrimentos tardios de inocência, mas que infelizmente, eles somente ocorrem após o sujeito estar morto e sem nenhuma chance de refazer ou recuperar a vida!

18 países, dentre mais de 200 que há no globo mandaram matar oficialmente 714 pessoas somente no ano passado, por algum tipo de crime; foram dos dados oficiais da Anistia Internacional, acredita-se que mais de 2 mil pessoas morreram em 58 países o que significa que pelo menos ¼ do planeta ainda manda matar os seus acreditando que desta forma é o modo mais eqüitativo de se praticar o direito. Na China a questão da pena de morte é um segredo de Estado e desta forma, acredita-se que o julgamento seja secreto, da mesma forma que a prática da execução; portanto, seja no relatório oficial, seja pelos números presumidos após pesquisas jornalísticas, ninguém jamais saberá ao certo quantos morrem na Ditadura mais cruel do mundo, a China de Mao ou a China do mal!

Ahmadinejad, aquele que é amigo inseparável de Lula, que nos visitou e recebeu o nosso presidente em sua casa, mandou matar oficialmente 388 cidadãos iranianos; os jornalistas do mundo escreveram fartamente que a maioria destes mortos eram pessoas que não concordavam com as atitudes do Conselho Supremo, um grupo de velhos gagás e sem escrúpulos que ditam as regras na antiga Pérsia. 113 miseráveis sem sorte morreram no Irã em apenas oito semanas, logo após a promulgação oficial do resultado das eleições fraudulentas que deixaram Ahmadinejad no Poder por mais alguns anos.

O Iraque mandou matar 120 pessoas, a Arábia Saudita também mandou para o além 69 indivíduos e o quinto maior matador oficial de gente, os Estados Unidos da América, onde alguns Estados ainda mantêm a pena de morte, 52 condenados perderam a vida em 2009.

A surpresa ficou por conta de Burundi e Togo, ambos na África, países tão atrasados quanto miseráveis, que aboliram de suas constituições a pena de morte para seus cidadãos ou custodiados. Segundo a Anistia Internacional, oficialmente na Europa não houve nenhuma morte em 2009 por condenação; somente Belarus, outro estorvo do ponto de vista humanitário moderno, ainda mantém a execução da vida humana em seu código de leis.

Escrever nunca é demais, principalmente para que as novas gerações saibam como estas execuções ocorrem; Bangladesh, Botsuana, Egito, Irã, Iraque, Japão, Coréia do Norte, Malásia, Singapura, Sudão e Síria matam por enforcamento; China, líbia, Síria, Vietnã e Iêmen matam com armas de fogo (tiros); na Arábia Saudita também se manda decapitar e no Irã há relatos de morte por apedrejamento. Nos Estados Unidos as mortes são por cadeira elétrica e ou por injeção letal na veia, forma também utilizada na Tailândia e China.

A morte será sempre a morte, instituição mais indesejada pela vida; muito embora seja a conseqüência natural de todos, é difícil de imaginar que na era da tecnologia e dos milagres da ciência, alguém seja condenado à morte por apedrejamento, forca ou cadeira elétrica! Também para que sirva de registro, nas três Américas, apenas Estados Unidos e Bahamas se valem deste ato selvagem como pena para crimes.

Como eterno jurista em formação, minha opinião é simples, nua e crua; se o sujeito matou, roubou, estuprou ou cometeu qualquer outro crime hediondo, ele deve ser severamente punido de acordo com a Lei de seu país, mas esta forma desabrida a qual eu me refiro jamais pode ser a pena de morte; a nação que adota este tipo de pena se iguala em termos legais a aquele que supostamente o cometeu.

Precisamos lembrar também que há os casos flagrantes de crimes cometidos, da mesma forma que também há os casos em que as confissões são extraídas por meios nada convencionais; a polícia investigativa em alguns casos quer apenas satisfazer a vontade popular que exige uma resposta e muitos destes casos nós estamos fartos de saber que os indiciados acabam sendo inocentados após suas mortes.

A maior preocupação da Anistia Internacional está encima dos casos de flagrante desrespeito a dignidade e aos direitos humanos; são pessoas que estão presas e que até morrem somente porque discordam dos métodos de um ou outro tirano e neste caso, para nossa sorte, isso não ocorre ainda nas Américas; mesmo estando tão próximos a ditaduras como a de Hugo Chávez e dos irmãos metralha Fidel e Raul Castro, pessoas que discordam destes déspotas são confinadas a prisão, pelo menos oficialmente e que nem sempre foi assim!

Ainda dentro do alerta da Anistia Internacional que são declaradas como emergenciais; ações descabidas foram impostas a pessoas, principalmente a jornalistas no Arzebaijão, México, Sri Lanka e Haiti; os dirigentes pedem que a sociedade de modo geral se manifeste contrária as ameaças de morte, as prisões arbitrárias, as condenações noturnas e principalmente as constantes ameaças de violência sexual pelas quais as autoridades viram as costas; a “AI” também solicita que El Salvador revogue a Lei de Anistia que protege os algozes de milhares de inocentes; portanto, observa-se por aspecto geral que a entidade foca suas ações onde quer que haja injustiça e onde quer que haja a tentativa de perdurar a atrocidade e o desrespeito a dignidade humana.

Pelo que sabemos o mundo inteiro não está vacinado contra a tirania; pelo que vemos o mundo necessita destes olhos clínicos daqueles que mantêm por causa nobre o respeito a vida e o galardão da liberdade, mas ainda assim, aqui mesmo no Brasil, precisamos sempre lembrar que ainda existe uma verdadeira industria do mal que aprisiona crianças e outras pessoas em fazendas de carvão e cana-de-açúcar ou ainda as nossas meninas do Norte e Nordeste que são vendidas por pratos de comida a coronéis bastardos, fazendeiros desonestos e até para juízes desavergonhados. Jamais podemos esquecer que o mal está sempre ao nosso redor e cego é aquele que não quer ver!

Jamais cansarei de repetir; quando estive no Marrocos, além de lugares lindos e um povo amável, descobri uma terra de contra-sensos, onde as garotinhas são submetidas à extirpação do clitóris com navalhas enferrujadas e até lascas de vidros, apenas para que se mantenha uma tradição medíocre, bestial e desumana e que pouco se discute, porque muitos atribuem o ato impudico a questão cultural daquele povo! Isso me enoja!

Precisamos sempre denunciar e não podemos nos cansar jamais desta luta eterna em busca da igualdade, da fraternidade e da liberdade, caso contrário, estaremos nos igualando aos que não o praticam por ignorância, distúrbio mental ou selvageria natural!

Carlos Henrique Mascarenhas Pires

Meu site: www.irregular.com.br

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Enviado por CHaMP Brasil em 31/03/2010
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