VIVENDO E APRENDENDO

Evilazio Ribeiro – Graduando de Direito

“É errando que se aprende”. Isso mesmo. E aqui acrescento a frase do escritor Eugênio Mussak: “errar é saudável, desde que você assuma que errou, repare o dano que causou e aprenda com ele”. A historia mundial como a filosofia registra que a ciência veio depois de várias tentativas e erros. E perceba: não somente de acertos! Derivou da catalogação dos erros e do proveito desses repetitivos tropeços. Também me lembro Galileu Galilei, contestando o “erro” da teoria física grego Aristóteles, em episódio da velocidade diferenciada da queda. Em outras palavras, começamos, a saber, que com os erros observados no passado “aprendemos a prender” É a idéia do VIVENDO E APRENDENDO.

Apesar de tanta corrupção, violência e descaso com a população, a nossa Pátria tem jeito. Isto porque ainda somos uma nação com menos de 600 anos e podemos aprender com os erros e refazer nossas ações, construindo um futuro melhor.

Temos que clamar pelo fortalecimento da democracia, onde cada cidadão tem sua vontade validada nas urnas, exercendo seu direito de escolha.

Provocado pela Ordem dos Advogados do Brasil, o STJ mostrou-se sensível ao clamor geral da população por uma providência mais célere do que os intermináveis trâmites burocráticos que quase sempre conduzem à impunidade. A prisão preventiva é uma medida cautelar, que suprime a liberdade do suspeito antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.

Ao autorizar a prisão preventiva do governador José Roberto Arruda, e mais outros políticos o Superior Tribunal de Justiça deu a resposta que a sociedade exigia e esperava para o escandaloso episódio do pagamento de propinas a políticos de Brasília.

Embora o pedido de prisão tenha se baseado no uso de poder econômico e político para interferir nas investigações, a verdade é que o primeiro caso de encarceramento de um governador durante o mandato, em plena democracia, representa um marco na luta contra a corrupção e a impunidade na administração pública. Pela primeira vez no Brasil, uma autoridade ocupante de tal posição foi “presa” pela Polícia Federal. Se for ficar preso, já é outra história, mas o contexto nos mostra que há gente de bem e que procura fazer o que é certo. Diz o ditado: “nunca é tarde para recomeçar”.

O País acumula um histórico grande de casos de corrupção onde todos parecem seguir o mesmo enredo: denúncia, escândalo, investigação lenta, esquecimento e impunidade e, aí ninguém mais acredita em ninguém.

O Brasil, se surpreende tanto com a contundência dos fatos quanto com a reação rápida das instituições democráticas. Ainda que os trâmites legais devam ser rigorosamente cumpridos e que todos os acusados tenham direito à presunção de inocência, a prisão de um governador evidencia menos tolerância com a corrupção. “É ERRANDO QUE SE APRENDE”.