TOMA QUE O FILHO É TEU!
149 – JUSTIÇA – Juan Carlos Ramirez Abadia, vulgo Chupeta, nasceu em Palmira, Colômbia, em 16 de fevereiro de 1963 e segundo o FBI, é o segundo homem mais perigoso do mundo, atrás apenas de Bin Laden; é responsável por mais de 300 assassinatos e deste 1986, ainda segundo o FBI, Abadia é responsável pela produção e envio de mais de 6 mil toneladas de cocaína, isso mesmo, 6 milhões de quilos de cocaína produzida em 22 anos de carreira criminosa. O Governo dos Estados Unidos afirma ainda, que Abadia movimentou quase 1 bilhão de dólares com o tráfico de entorpecentes.
7 de agosto de 2007, a Operação Farrapos da Polícia Federal do Brasil, colocou Ramirez Abadia atrás das grades; foi investigada a vida do bandido aqui no Brasil e se descobriu que ele vivia confortavelmente entre mansões, carros de luxo, fazendas e muito dinheiro. Durante a operação do Brasil, também foi descoberto que Abadia utilizava submarinos com boa tecnologia de navegação para transportar a droga da Colômbia para todas as nações onde ele mantinha “negócios comerciais”, ele também mantinha a intenção de criar uma empresa aérea para ajudar nos negócios, mas a negociata não chegou a ser concretizada.
Em março ultimo o Supremo Tribunal Federal decidiu que Juan Carlos Ramirez Abadia deveria ser extraditado para os Estados Unidos da América, conforme era desejo do próprio Abadia e do Governo de Bush, que chegou a oferecer US$ 5 milhões como recompensa pela captura do narcotraficante; a Polícia Federal recusou a oferta, informando que o combate ao crime é atribuição do Estado e dever da polícia.
Depois da prisão e condenação a 30 anos de reclusão, proferida pela Gloriosa Justiça Federal, Ramirez Abadia começava a viver seu primeiro pesadelo; foi pressionado a falar sobre seus negócios e sobre as toneladas de dinheiro que ele supostamente enterrou em algum lugar do planeta, mas pouco foi dito. Com a autorização do STF de extraditar o bandido, restava ao Presidente Lula a incumbência de mandar executar o serviço, despachar o colombiano para os Estados Unidos, mas porque despachar o “cara de peixe pintado” para os gringos, se ele é colombiano e foi preso no Brasil?
Embora ele seja colombiano e foi preso no Brasil, o normal seria mandá-lo para casa, para o país onde ele nasceu, mas a Colômbia possui acordos internacionais com os Estados Unidos e quando os grandes traficantes são presos, eles são despachados como indigentes e são julgados pelas leis estadunidenses pela alegação de que o tráfico de drogas tem os Estados Unidos como rota e local de venda.
Ramirez sabia que seria mais bem tratado lá nos EUA do que aqui no Brasil, ou até mesmo na Colômbia; aqui ou lá na sua terra, as chances dele morrer eram grandes, portanto, resta-lhe uma ponta de esperança de que a Justiça estadunidense lhe alivie a dor ou que uma gang forte de traficantes americanos, lhe dê soltura por meio de um “habeas corpus” forçado.
Finalmente, o Brasil, que tem medo de todo mundo e não conseguiu descobrir mais nada do moço comerciante de “farinha colombiana”, resolveu dar o filho feio ao pai que se propôs a cuidá-lo; despachou o colombiano numa operação monumental, digna de cinema, para os Estados Unidos da América.
Ramirez Abadia que ficou enjaulado em Presidente Bernardes, São Paulo e no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande – MS, de onde hoje, após uma super operação de transferência; foi posto dentro de um jato da Polícia Federal e levado para Manaus. Na capital amazonense, foi transferido imediatamente para outro super jato do DEA, Departamento Anti Drogas, ligado ao FBI e ligeiramente vôo para Nova Iorque, onde enfrentará uma Corte de Justiça. Pelo acordo que fez aqui, Abadia não poderá ser condenado a mais de 30 anos também nos Estados Unidos; resta saber se os estadunidenses, como suas “Iuris praecepta”, acatarão o pacto de agora por diante. O FBI estava no encalço de Abadia fazia 14 anos.
Finalmente, temos um problema a menos para cuidar, afinal de contas, já temos problemas demais com nossos próprios presos brasileiros! Se Abadia fica aqui, quem sabe, não poderia se tornar, PRESIDENTE DA REPÚBLICA? Aqui, tudo é possível e a escória é tão endeusada, que eu tive medo de que isso pudesse de fato acontecer.
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
Site de Autor: www.irregular.com.br