A formação policial nos Estados-membros da Federação

Por questões políticas, tornou-se comum em muitos Estados da Federação o aumento do número de efetivo policial militar para o preenchimento de claros e até mesmo para uma ampliação dos quadros com a realização de várias concursos e de vários cursos com um grande número de alunos.

Para muitos teóricos quanto mais policiais mais segura fica a população, o que não é verdade, nunca foi e nunca será. Não basta aumentar o número de policiais. O que é preciso é uma melhoria da qualidade do policial que entregue a sociedade.

As Escolas de Formação de Soldados precisam cada vez mais investir no preparo de técnicas policiais para se evitar fatos semelhantes aos que ocorreram no mês de junho e julho de 2008 nos Estados do Rio de Janeiro e do Paraná, onde pessoas inocentes acabaram sendo mortas por abordagens realizadas sem qualquer técnica policial, demonstrando falta de preparo dos executores da missão.

Não basta editar Manuais de Polícia, ou mesmo Manuais de Técnica Policial e até mesmo Cartilhas, e se aqueles que ingressaram na Corporação e são os responsáveis pela missão constitucional de policiamento não demonstram o necessário preparo emocional e técnico para a realização de uma abordagem com sucesso, evitando o desperdício de vidas de pessoas cumpridoras de seus deveres, conforme recentemente divuldado pela imprensa escrita e falada.

A Polícia Militar é essencial para o Estado democrático de Direito, mas é preciso que tanto a sociedade segue a conclusão que é necessário remunerar melhor o policial militar, como os estudiosos cheguem a conclusão que não adianta apenas aumentar o efetivo policial na busca da diminuição dos índices de criminalidade.

Por fim, pode-se afirmar que a unificação das policiais não é necessariamente o caminho para a melhoria da segurança pública. O que é preciso que cada Polícia receba o ciclo completo de polícia e haja a definição de áreas de atuação, o que poderá inclusive alcançar a Guarda Civil Municipal.

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