Alma de minh'alma!...#m#
Talvez, falar de ti...
Seja me arriscar no escuro,
Ou andar por caminhos tortuosos
Ou deixar minh'alma vagar sozinha
Ou me consumir desgraçadamente no vazio
No silêncio de minhas ilusões perdidas
Estás tão longe de mim agora...
Mas te sinto aqui, vibrante, e tão vivo
Como se estivesse entrelaçado dentro de meus braços
Sim, nessa hora entre sombras e pesadelos
Onde o tormento vem acordar-me as entranhas,
Dentro desse meu pequeno, e abstrato mundo
E sinto-me tão pequena, confusa, alheia a tudo
Dentro da imensidão dos meus sonhos, dos meus pensamentos...
Embora seja tão grande o amor que transborda de minh'alma em direção a tua
Ah! Quantos desvelos por ti guardei em minha triste alma!
Quantos gemidos amordacei no escuro de meu íntimo,
E até hoje vivo com eles presos, sufocados, atados dentro do meu ser!
Pois ainda sinto o roçar de teus dedos levemente na minha pele...
E a nitidez de teus olhos se encontrando com os meus. .
Enquanto o meu coração pulsa desatinadamente no meu peito..
Alma de minh'alma, onde estás agora?
Não permitas-me fugir de ti... Oh, não! Por favor!
Ainda que o pranto te seja tão amargo!
Ah! Amorgos foram os sonhos que sonhei no vazio..
Junto as ilusões que deixei morrer em minh'alma...
Hoje são fantasmas adormecidos no tempo, registros do que vivemos ontem
E hoje, mesmo longe, e tão distante de mim
Ainda és tão vivo em meu ser, como essa saudade, que me oprime a alma!
Que atravessa séculos e nunca morre no meu ser...
Ah! Nunca ouso dizer das marcas que deixastes cravadas no meu peito,
Mas sempre falar desse amor tão vivo, que o ser me enfeitiçou...
E guardou-se em meus labirintos, com tu'alma, aqui bem junto da minha!