Ao vento...#m#
Meu poema tem gosto de fel....
Nele tudo amarga...
E arrasta um ranço no verso
A letra mata
Envenena,
E dissolve-se em lágrimas...
O que vem de dentro
É tão doído...
Só a alma sente
Meu poema que já foi teu.
Hoje não tem mais dono,
Agora é do mundo...
Dos que sonharam em vão
Assim como eu,
Esquecida, no vazio, na solidão.
Assim, viraram rabiscos pelos muros
Registrando a dor, e a saudade...
De quem ficou triste e desalentada!
E hoje, quem ler ao passar nas ruas vazias
Sente o dilema, a dor da desilusão
De um amor jogado ao vento!