Pátria espiritual!... #m#
Ô Senhor! Não me deixes aqui sozinha
Na penúria desse meu lamento,
Quando à noite as horas se arrastam, e eu pareço fraqueijar
Sei que tu vês o meu dilema
A ânsia do meu tormento,
A dor, que invade-me o ser!
E a lágrima que desce dos meus olhos cansados
Parece ser o sangue que corre nas minhas veias,
Pois arde queimando por dentro das artérias
Ô Senhor! Tu que sabe de todas as coisas
Tu que és a luz do mundo,
Dai-me a sabedoria, para assim viver melhor!
Arranca de mim, Senhor
A cegueira que cega os meus olhos, o véu que tapa minha visão,
Me deixando insensível aos tormentos dos mais pequenos
Faz de mim, meu Senhor!
O silêncio do amanhecer, quando no azul infinito
Tu fulguras entre os raios dourados no sol das manhãs
E, ainda que meus pés sangrem
Que a dor devore minhas entranhas
Serás o meu caminho, verdade e vida
Pois, não há dor, nem guerras, nem conflitos
Nem padecer algum, que teus olhos
Não alcance, a mão do inimigo
Portanto, meu Senhor!
Ensina-me a ser luz!...
Que meus rastros deixem fagulhas por onde eu passar...
Que meus pés sejam leves
Como leve é a brisa,
Que sopra nas manhãs ensolaradas
Que o teu cajado. de amor, me sustente
Seja a minha fortaleza, o meu refúgio,
Quando meu corpo cansado aqui tombar.
E a terra seja o jardim florido
Que abrigará meus restos mortais,
Enquanto, meu espirito liberto voa sobre outras paragens
Em busca da paz, e da luz
Que o teu amor me guie, em direção as estrelas,
No meu regresso a PÁTRIA ESPIRITUAL!