CONTEMPLANTE
Apenas vejo as nuvens soltas no céu.
Tons todos de cinza, metaforizando
Imagens miméticas, que vago comparo.
Apenas vejo as flores livres no jardim.
Tons de cores todas, fascinando
Polinizadores, que no éden ecoam.
Apenas vejo o ego, ausente e ao léu.
Tons em todas as caras, expectando
Miragens poéticas, onde rimas amparo.
Apenas vejo as dores livres de mim.
Tons melodiosos singram, fecundando
Portadores, que no real porvir ressoam.
Apenas vejo sanhas cobertas com véu.
Tons fúnebres adejam, assustando
Coragens, que no parir me revigoram.
Apenas...