HOMEM MODERNO
Todo dia ele sai, ventre cheio
A cabeça, no entanto, esvaziada,
Bipolaridade num mundo alheio.
Ansiedade, angústia que lhe invade,
Depressão e esquizofrenia,
Tensão constante, sem piedade.
Remói diálogos internos, contesta,
De uma vida vadia e vazia,
Estresse e enxaqueca, à festa.
Tudo roda, tudo gira, sem razão,
Expectativa alta, baixa autoestima,
Palpitações e suor na tensão.
O homem moderno, sempre a lutar,
Tenta controlar a vida em vão,
Cumprindo a profecia, a se desgastar.
Cabeça pesada, o peito a apertar,
Frio nas costas, coração agitado,
Na modernidade, ele a vagar.
Na rotina frenética se perde,
Entre o ter e o ser, conflito infinito,
Uma existência que cede.
Busca sentido, em meio ao caos,
Sonha com paz, um respiro na lida,
Mas a profecia o prende, feroz.
É o homem moderno, na roda do dia,
Entre a tensão e a ansiedade,
Tentando encontrar a harmonia.
No turbilhão, encontra-se perdido,
Mas segue em frente, resiliente,
Nessa era, o fardo assumido.
É o homem moderno
Cumprindo a profecia!
Tião Neiva