Saudades, saudades!... (#m#)
Aqui dentro de mim, um silêncio magoado
Vem mansamente, pisando em minhas feridas,
E meus ais, vão se diluindo em lágrimas!
O pensamento parece triturar minh'alma
Buscando cada cena vivida por nós...
Tudo o que a memória, não conseguiu apagar!
Tu te fostes de mim, sem deixar rastros
Como à tarde quando morre silenciosamente, no horizonte,
E caí a solidão, com seu manto cruel, e noturno!
Teus olhos, nunca mais os vi, a não ser naquela foto, que ousei roubar de ti,
Eles sempre me contavam histórias...
De nossos sonhos, sonhos tão antigos de nós dois!
Teus olhos, me serviam de manta, e cobriam minha nudez,
Teu toque em minha pele, era suave, e tão familiar...
Só os teus dedos conheciam, a maciez de minha pele!...
Hoje, quando fecho os meus olhos
Tão perto eu te sinto, ainda em mim,
Por que ainda, estás aqui comigo, impregnado em minha pele
E quando viajo com o meu voo rasteiro
Aquele que só tu conheces,
Quando eu ia de encontro a ti, para matar minhas saudades...
Confesso, até hoje, ainda viajo pelas mesmas cercanias do amor...
Vou me debruçar na janela do tempo, e junto à noite enluarada,
Com meus olhos de Carolina, ainda, fico a te namorar, por que nunca te esqueci!