E o poeta morreu... (Ação # m #)
Não quero viver só de flores nessa vida.
Mas tudo o que me foi predestinado pelo destino
Quero desbravar cada fibra do meu ser, e sentir que tudo valeu apena
Já que a dor que vibra em mim, ou dilacera minha' alma,
É a mesma que entontece o meu ser de amor por ti!
Quando sinto tuas mãos, num pequeno gesto, e minh'alma acalma!
Entretanto, quem se arrisca ao amor...
Tem que saber ousar, e juntar, amor e dor...
Pois, sorrisos e lágrimas se tira do mesmo lugar!
Não preciso amar a dor, não sou masoquista,
Mas, sei que ela existe, e vem sempre acompanhada,
Desse amor infeliz, que compõe a minha história...
Viver não é um sonho...
Mas, enfrentar duras realidades...
Um grande desafio, num amontoado de coisas, nem sempre boas...
E o remédio que cura nossas feridas
Às vezes é tão amargo...
E temos que engolir, ou empurrar de goela abaixo, na marra.
E será que existe remédio para tal mazela?
Já pesquisei em todas as bulas de remédios...
Até mesmo nas de colírios mais caros!
Enfim, descobri, ser teus olhos o meu alento,
Pois quando os perscruto, e os vejo tão inquietos,
Sinto que amenizam minhas dores e tristezas...
Então, eu te reverencio e grito aos quatro cantos do mundo,
Viva o amor! O poeta das sombras...
O poeta que morreu atrás do cemitério!
Ah, pobre miseravel! Partiu pra não pagar o preço da traição,
E hoje vive enclausurado numa masmorra,
Sussurrando meu nome em seu próprio cativeiro