“ TEU ÁRDUO DOCE SUMO “

“ TEU ÁRDUO DOCE SUMO “

Ai da dor que ao sentir duma lâmina seu

fio sente o fruto desejado seu

sumo pelo que lhe anseie sorver

Se não em convívere prosa regada

a afetuosa proxímera rica trova

unta-se do tinteiro a pena

Deem-se a que banhados sejam em

harmônica rega escopo espelho

olhar do palato a fragrante entrega

Neguem-se a esguia mesa sendo

vós a farta inspiradora suculenta

presa que os olhos venham

Devorem-te estes famintos

olhos cuja gula lhes faz sentir

da inspiração o aroma e leiam-te

Não pelo amargo sumo da ausente

nega do que te permeia mas deste

saboroso sumo que dás a pena tua

Debruça-te a escrivaninha e sejas

o conciliador de demandas de

dores arauto aclamador de amores

E faça-se por ti cumprir os desígnios

pelos quais aqui vieste aos que de

tuas palavras se vestem

Alimenta-te inspira-te da autoria

da vida eleve em verso e prosa

teu louvor e ouse compor ao amor

Doçuras tragas tu a vida destas

recequidas pobres dependentes

vidas e por tua pena se cale a dor

Vá e cumpra o que te incumbe a

outorga por seu perfume a rosa

e por tua pena componha amor

E assim cale-se esta dor

© BY Tito Trugilho, 06 de setembro de 2023.