MEU SER TE SENTE

Ficou um braseiro latente,

Que o vento da saudade

Sopra, e te faz presente.

Floresce tal beijo nosso,

Que recordo silencioso

E dói, pois não mais posso.

Nasceu de ingenuo flerte,

De veneração plena visceral

E hoje, o que quero é ver-te.

Sobrou cativeiro somente,

Aonde o amor puro sobrevive

Ao léu, num devir envolvente.

Padeço por ter loucura,

Dos instantes de indecisão

E ira, recolho-me em clausura.

Ficou um sorriso ausente,

Que na recordação leviana

E cruel, o meu ser te sente.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 15/06/2023
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