MEU SER TE SENTE
Ficou um braseiro latente,
Que o vento da saudade
Sopra, e te faz presente.
Floresce tal beijo nosso,
Que recordo silencioso
E dói, pois não mais posso.
Nasceu de ingenuo flerte,
De veneração plena visceral
E hoje, o que quero é ver-te.
Sobrou cativeiro somente,
Aonde o amor puro sobrevive
Ao léu, num devir envolvente.
Padeço por ter loucura,
Dos instantes de indecisão
E ira, recolho-me em clausura.
Ficou um sorriso ausente,
Que na recordação leviana
E cruel, o meu ser te sente.