À TARDINHA
I
À tardinha o sol se deita,
E a mata toda se ajeita
Como se fosse dormir.
As estrelas, com pujança,
Logo trarão a bonança,
O desejo do porvir.
II
Em tom de verde-esmeralda,
A tarde quente se esbalda,
Traz o canto da codorna.
Eu fico aqui só olhando,
Sorrindo e sempre escutando
O som dessa tarde morna.
III
-Oh, venha ver, minha gente,
O que se faz ternamente,
À tarde em que a luz se estreita.
O seu raio já não arde;
Pássaros fazem alarde...
- À tardinha o sol se deita!