DOR AUSENTE

O ser capaz, mora perto da necessidade! (Pitágoras)

Poeta: vulcão! Superego flamejante de ígneo interior

Donde magmas palavras percolam pelos poemas,

Gravitando em memes, e estes em versos, e estes...

O tempo - sarça ardente - fica zanzando onipresente,

Tal onda de mar, na vaga inquietante do distraído sentir.

Vates que deveras sente - a dor presente - que jaz ausente.

Quantas tantas vezes enclausurei no tempo meus sonhos,

E libertei no íntimo espaço mágico de um afetuoso abraço,

A incontida vontade anímica do calor prenhe de fértil visão.

Vivo para estar anunciando meus aguerridos silêncios,

Alardeando aos quatro ventos, de meu covil invisível,

As amarguras eudaimonicas, de poder versejar, florir.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 26/02/2023
Reeditado em 27/02/2023
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