Quando eu morrer
Não me traga flores
Já não apreciarei as cores
Quando eu morrer
Não me jure amores
Já não provocará tremores
Quando eu morrer
Só - morri aos poucos
Com os sonhos loucos
Em que te sonhei
Só - entregue ao vento
Cada vão momento
Em que te esperei
Quando eu morrer - só...
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MULHER-POEMA
Eu tive um sonho
Tua pele alva
Eu te abraçava
Tua pele clara
Textura branca
Suave fragrância de ti emanava
E eu te assinava
Na altura da cintura, eu te assinava
E depois agonizava
Pela façanha, pela derrota
"Aqui confesso-me
O mais falso dos poetas,
Um impostor
Por assinar uma obra que não é minha
Nem criatura da minha feitoria
Aqui deponho o meu fracasso..."
E chorava
E eu achava que sonhava
Não era sonho
Nem acordava
Não era engano, nem certeza
Nem ao menos uma mísera poesia
Do teu poeta farsante...
Não era sonho
Não era nada...
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