Quando eu morrer

Não me traga flores

Já não apreciarei as cores

Quando eu morrer

 

Não me jure amores

Já não provocará tremores

Quando eu morrer

 

Só - morri aos poucos

Com os sonhos loucos

Em que te sonhei

 

Só - entregue ao vento

Cada vão momento

Em que te esperei

 

Quando eu morrer - só...

 

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MULHER-POEMA

Eu tive um sonho

Tua pele alva

Eu te abraçava

Tua pele clara

Textura branca

Suave fragrância de ti emanava

E eu te assinava

Na altura da cintura, eu te assinava

E depois agonizava

Pela façanha, pela derrota

"Aqui confesso-me

O mais falso dos poetas,

Um impostor

Por assinar uma obra que não é minha

Nem criatura da minha feitoria

Aqui deponho o meu fracasso..."

E chorava

E eu achava que sonhava

Não era sonho

Nem acordava

Não era engano, nem certeza

Nem ao menos uma mísera poesia

Do teu poeta farsante...

Não era sonho

Não era nada...

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Limaya
Enviado por Limaya em 22/01/2023
Reeditado em 05/02/2023
Código do texto: T7701410
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