Por favor, necessito de um solstício,

Um beijo teu sublime novamente

Sob estrelas belíssimas, Patrício!

 

Uma vida no campo, um beijo quente,

Outra noite um jantar que me acompanhe

Num castelo saltar sobrevivente!

 

Por favor, de Patrício um beijo ganhe,

Outra noite um jantar com meus remédios

Dissolvidos em místico champanhe!

 

Um baile que sufoque os tristes tédios,

Um sonho com Patrício na ilusão,

Embalsamando os seus sutis assédios!

 

De prata a faca neste coração,

Por favor, solicito o meu Patrício

Ou a faca em solene solução!

 

Vou contemplar a vista ao precipício,

Sentir gelado o beijo da rajada

Enquanto não revejo o meu Patrício!

 

Por favor, de Patrício um beijo ou nada,

Outra noite jantar à grande festa

Ou uma echarpe à nuca desalmada!

 

Defronte à carruagem na floresta,

Aguardando a pisada a me tocar,

Se ninguém, se ninguém se manifesta!

 

Por favor, com Patrício festejar

Ou talvez um lugar um pouco cênico:

O sal beber no fundo azul do mar!

 

Voar, alçar algum lugar edênico,

Ir ao céu e perder-se, meu Patrício,

Bebendo vinho doce e bom de arsênico

E descansar, dormir depois, Patrício!

 

 

Texto da E-Antologia de Poesia Maximalista