FRESTAS

A solidão acoa em sofrido só

Num labirinto de íntima dor

Com frestas torpes do exterior

Mesura fincada desalmada

Sem cores ou desamores

Vertendo rancores, postergações

De nós a essência desnutrida

De adeus de emersões de idas

Nas acalentadas escolhas nuas

No parco breu da solene turrice

Me recolho tardio choroso ao léu

Expiado no que tive e não volta

A solidão ecoa em amargurado só

Num labirinto de veredas letárgicas

Com frestas ao longe que se faz luz

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 13/11/2022
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