Alvorada
Não consigo dormir nada
co’o chilrar da passarada,
mas que algazarra pegada.
Começa o galo a cantar,
logo as pombas a arrulhar,
mai-los os pardais a piar.
Eu bem qu’ria descansar,
sempre contigo sonhar,
mas já me vou levantar.
Que o novo dia chegou,
a bicharada acordou
e a Sereia despertou.
(E no meu coração nada,
desde o raiar da alvorada!)
Famalicão, 28-06-2007