Despida
A noite se despia de seu manto negro pigmentado de pontos brilhantes, serena se rendia a abóbada celeste que anunciava um novo dia...
A noite que emanava poesias, repousava saciada sob a cabeceira de um novo sol que no horizonte despontava.
Entre riscos e rabiscos, na mente pairavam ecos, resquícios de uma noite inspirada, pela saudade que seus dedos embalava,
Noite, solidão...inspiração, tantas inquietações em seu íntimo reviravam, expondo seus anseios, no verso solto, ao léu, ao acaso...esplendoroso véu
Olhos semicerrados, divagando, tateando o negrume da noite que se despedia, e a luz ofuscante de mais um dia que nascia em suas mãos
Frustrações esquecidas, esperanças renovadas
Dois lados opostos, alucinantes que em seu íntimo emanavam poesias.
Madrugadas deambulavam entre a noite e o dia, onde seus pensamentos fluiam, e sono retirava-se dando passagem a inspiração.