FIAPOS DE LUZ
Receei quando o sol se recolhia,
Deslisando nas costas das montanhas,
Partindo solene para a outra face.
A noite rompeu enlutada e infinita,
Cegando-me, igualando, tendo-me.
Estrelas: fiapos de luz no érebo teto.
A lua minguante olhava para outro lado.
Isolando-me, mas inerente em meu redor.
Eu, árvores, pedras, rios... tudo inconho.
O manto inconsútil da matéria é trama
Que se torna objeto ao chegar o sol,
Quando a exteligência - sujeito - viceja.
Receei quando o sol em luz surgia,
Escalando nas costas das montanhas,
Parindo solene as minhas fantasias.