LIMIARES
Eu me lembro, pois, o passado existe.
Mesmo que trancafiado nas gavetas,
Nos quartos sombrios das saudades.
Eu me sonho, pois, o futuro me acena.
Limiares vagos em umbrais irrestritos,
Em cegas veredas de parco evolvinento.
Eu me revelo, pois, ao agora pertenço.
Símbolos são estrelas guias do Ser,
Signos são trilhas em que me aconteço.
Eu me postergo, pois, incerto me existo.
Minhas verdades são egos sobrepujados...
As saudades: são flores desabrochadas.