LAMÚRIAS

Atônito!

Como posso algo tão galhardo,

Tão farto de regalo e fulgor.

Pasmo!

Elixir do sumo augusto da alma,

Tão eloquente. Tão verdadeiro.

Aturdido!

Eros que abrolha ressuscitado,

Tanto padecer aprimora o ego.

Arfante!

Preserva e inclui o que diferenciou,

Apreendendo a nova caminhada.

Elitista!

Esotérico em conviver com Ele,

Exotérico em mesquinhar com o eu.

Vazio!

Nas conjecturas de práxis e símbolos,

Nas ações diárias de techne e signos.

Pioneiro!

Nas lamúrias da cega evolução.

Nunca estagnar, desistir, ou fadar.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 20/03/2022
Reeditado em 23/03/2022
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