Entrelinhas felizes
A argamassa posta entre azulejos.
só o aroma do café exala poesia.
O amor de cada dia e seus lampejos.
Os quitutes, biscoitos a perder de vista.
A criança vai de sorriso largo
beijar o pincel do velho amado artista.
As colinas sopram o que sobrou nos campos.
O aconchegante calor da chaminé fumega,
as mágicas nos livros, contos ardis, tragédia.
Bem-te-vis balançam na rede jocosos
Os pássaros são o barato da cidade
Eles enriquecem o mundo gostosos
Com maestria e autenticidade.
Não há vento que os balance raivoso,
pois são cardeais, elos da felicidade.
***
Cantando agradecidos
Os divinos emissários
Travestidos de canários
Deixam o dia mais bonito...
De Jacó Filho (Interagindo)