Seis tercetos à Loucura

Lua cheia. Anda pela rua,

entoando sua canção

insone - a Loucura.

A loucura, certa noite, me disse seu nome

com seu sorriso amarelo-madrugada

inteligível - para minha sorte.

Uma poeta

cavalga a noite-corcel

- sonhos pisoteados.

Com a palavra na mão

lima a poeta lima

um poema burila.

Quixotesca, lanço poesias ao vento

movendo moinhos antigos

moendo versos e tempo.

A Loucura veio me ver

e trouxe algumas paranoias

etílicas - tim tim - para beber.

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Publicado originalmente na

Revista Barbante

Ano VIII – Nº 34 – 22 de dezembro de 2020

ISSN 2238-1414

página 117

Para ler a Revista Barbante completa:

https://revistabarbante.com.br/wp-content/uploads/2020/12/volume_dois_completo_revisado.pdf