Necessário Recomeço

Há uma rutilante harmonia

No leito fértil dos vales

Coloridos no poente,

E um júbilo de envaidecer,

No cume totemico

Dos montes lindeiros.

Pouco sinuoso, o talvegue

Que acolhe o cristalino álveo,

Perene, dáguas encantadas.

Algarrazado som de fauna,

Intercalado ao vazio silêncio

Arguto de remissão em tudo.

Ali não sobra e não falta.

Tudo nasce, renutre e remorre.

Cooperação sem propriedade.

Vida imbricada, integrada.

Só maculada pelo homem,

Se ele ali for saquear e morar.

Há uma empolgante alegria

Na matéria que complexa,

Que evolve, que nos inclui.

Apreenderemos a tempo.

Deixemos de ser consumidores.

Com outridade ajustemos.

Ainda dá tempo!

Thanatos, nos socorra!

Gaia, não nos desista!

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 04/12/2020
Reeditado em 04/12/2020
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