Necessário Recomeço
Há uma rutilante harmonia
No leito fértil dos vales
Coloridos no poente,
E um júbilo de envaidecer,
No cume totemico
Dos montes lindeiros.
Pouco sinuoso, o talvegue
Que acolhe o cristalino álveo,
Perene, dáguas encantadas.
Algarrazado som de fauna,
Intercalado ao vazio silêncio
Arguto de remissão em tudo.
Ali não sobra e não falta.
Tudo nasce, renutre e remorre.
Cooperação sem propriedade.
Vida imbricada, integrada.
Só maculada pelo homem,
Se ele ali for saquear e morar.
Há uma empolgante alegria
Na matéria que complexa,
Que evolve, que nos inclui.
Apreenderemos a tempo.
Deixemos de ser consumidores.
Com outridade ajustemos.
Ainda dá tempo!
Thanatos, nos socorra!
Gaia, não nos desista!