MEIAS VERDADES
Por ser intensa, não gosto de metades...
Meias palavras, meias verdades,
Para mim, são mentiras.
Gosto daquilo que é cristalino...
Ou é ácido, ou é alcalino.
Não gosto de gente em cima do muro.
A um carinho com hipocrisia,
Prefiro um tapa na cara,
Sem nhenhenhém, nem anestesia,
Prefiro conhecer meu inimigo,
A dividir meus sentimentos
Com algum pretenso amigo.
Não sei fingir... sou transparente.
Preciso ser eu mesma,
Para manter sã, a minha mente.
Tenho que ser verdadeira, ser eu inteira...
Prefiro conviver com a solidão,
A simular, mentir e magoar meu coração.
Inspirada no belo poema “Morna” de Ana Bailune