NA BEIRA DO RIACHO

NA BEIRA DO RIACHO

Num gesto de carinho

eu colho as flores campestres

e te oferto

na beira do manso riacho,

onde nos sentamos

sobre a relva verdosa,

e o contemplamos

ostentando sorrisos pueris,

enquanto o fim da tarde

e envolto pela beleza

do ocaso. Temos o habito

de gozar desse momento

amoroso, feito de ternura

e paz campesina, alegrando

os nossos coraçoes enamorados.

Nao sabemos por que,

mas o cheiro do limo sobre

as pedras ribeiras,

insiste em ficar entre nos,

e a nossa reaçao e de excitaçao,

de inicio de climax

entre amantes sensuais.

O tempo passa e continuamos

indo nesse recanto

especial para nos, na beira

do riacho, porque foi nele

que nos conhecemos, foi nele

que as nossas almas

sentiram que poderiam se amar

carnalmente, mediante

a nossa afinidade espiritual.

Nele nutrimos o nosso amor

das energias pacificas

que emanam das aguas mansas

do riacho, mesclada as algas

ribeirinhas, tao salutares

nutrientes aos pequenos peixes

que nele habitam.

Parece que em outras vidas,

tivemos nesse mesmo ambiente

campesino, nao propriamente

como amantes conjugais,

mas talvez como amigos,

como parentes pertencentes

ao mesmo grupo familiar.

Falo assim, porque compreendo

que nos encontramos

em vidas anteriores,

como nos achamos agora,

e o que nos faltava, pelo visto,

para nos tornar evidente

a nossa sintonia espiritual

amorosa, sao os nossos laços

afetivos, fortalecidos

e edificados pelas virtudes

que nos unem, tanto em nossas

vidas carnais efemeras,

como em nossas existencias

espirituais eternas.

Escritor Adilson Fontoura

Adendo: alguns acentos nao

estao postos, porque duas teclas

estao defeituosas.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 24/05/2018
Código do texto: T6345232
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