O QUE RESTA DO SILÊNCIO?
Em cada gesto há um sentimento oculto,
E, em cada palavra não dita,
Um pensamento pedindo indulto.
Quantas vezes a voz se cala,
Nos enredos da vida pelo tempo resvala,
sem perceber horas perdidas?
Quantas vezes foste e retornaste
Por tua vontade, sem sentir a minha parte
Que ficou, aqui, tão esquecida?
Quantas vezes senti-me pela metade,
Entre o amor que morava em mim,
E a parte que, insensível, levaste?
Há um espaço sem representatividade.
Poucas lembranças restaram do fim
e nem um cantinho p'ra chamar de saudade!
Naget Cury, Nov. de 2015.
Reeditado em Maio de 2017. Uberlância, MG.