BOCAS E RISOS...
Onde a ventura nossa ao certo mora?
Na boca, que sorri sempre contente,
Ou num peito febril que anseia e chora?
A lágrima lava da alma o fogo que a devora,
E muitas vezes ruge a dor fremente,
Quando o sorriso no semblante aflora.
Ao ver das bocas os vermelhos frisos,
Não se fiem nos pálidos sorrisos,
Que andam nos lábios a desabrochar.
São muitas vezes quaes flores purpuras
Que vicejam garbosas sobre as ruínas
De um carvalho tristonho e secular!
Onde a ventura nossa ao certo mora?
Na boca, que sorri sempre contente,
Ou num peito febril que anseia e chora?
A lágrima lava da alma o fogo que a devora,
E muitas vezes ruge a dor fremente,
Quando o sorriso no semblante aflora.
Ao ver das bocas os vermelhos frisos,
Não se fiem nos pálidos sorrisos,
Que andam nos lábios a desabrochar.
São muitas vezes quaes flores purpuras
Que vicejam garbosas sobre as ruínas
De um carvalho tristonho e secular!