Pássaros e flores
Beijas a flor porque bem que eu te vi fazendo isso
No gramado verde que, colado ao ipê amarelo, era coluna do céu azul
Suportando-o em doce devaneios
Você menina e mulher numa mistura de realidades, talvez seja cigana
O que lê em minha mão?
Qual te diz algo? Do destino ou do coração?
De onde tu és há quem diga que é místico
Porque da História já pertence
Assim como o vento que move, no alto, o verde
Entre claves e bemol não há que supere esse doce encanto
De alva tez, quiçá de batom vermelho, colocado ante o espelho
De mel no sol, castanho no entanto, rebeldia entretanto.